O Ministério Público do Paraguai deu 24 horas para que o Ministério da Saúde Público dê informações sobre a denúncia de que cerca de 500 pessoas tenham sido vacinadas irregularmente contra a Covid-19. Entre os vacinados estariam políticos e funcionários públicos.
A denúncia chegou ao público após uma publicação via Twitter de um profissionais de tecnologia da informação, que divulgou nomes de 496 pessoas que teriam sido vacinadas fora do grupo prioritário. Entre elas a senadora Mirta Gusinky, de 73 anos, que renunciou ao cargo na segunda-feira (3), após o escândalo.
O caso que está sendo chamada de “vacinação VIP”, teria acontecido antes do dia 27 de abril, quando recém o Paraguai iniciava a vacinação de idosos com mais de 75 anos. Na lista aparecem 195 funcionários públicos de idade entre 60 e 84 anos, que receberam a dose do imunizante antes da data divulgada.
Na lista, ainda estão seis ex-legisladores paraguaios com idades entre 66 e 72 anos, além de 39 funcionários públicos com idades entre 25 e 59 anos.
A promotora pública, María Luján Estigarribia, pediu em caráter de urgência ao Ministério da Saúde a lista completa das pessoas vacinadas e não estavam no critério de vacinação por idade em todo o país.
O ministro da Saúde, Julio Borba, afirmou que ainda nesta terça-feira (4) os dados serão processados e afirmou que se houver erro ou irregularidades, medidas serão tomadas. “Faremos com que as pessoas que irresponsavelmente não tenham cuidado o bem público sejam punidas”, disse.