Um escrivão da Polícia Civil do Ceará morreu, na madrugada desta sexta-feira (30), ao ser baleado na nuca por um homem que prestava depoimento na Delegacia Regional de Tauá, no Sertão dos Inhamuns.
Aloísio Alves Lima Amorim, de 60 anos, teve a própria arma tomada por Antônio Josivan Lopes Silva, 30, preso por tráfico de drogas. Mesmo algemado, o suspeito disparou contra a vítima por volta das 2h e fugiu na sequência.
O delegado Danilo Távora informou que Josivan e um comparsa foram levados à Delegacia de Tauá após envolvimento em uma ocorrência de venda de entorpecentes no município de Pedra Branca, distante 89 km. Enquanto a dupla estava detida, o suspeito pegou a arma do policial civil e atirou.
Foram realizados os primeiros socorros na vítima ainda na delegacia, porém o agente não resistiu aos ferimentos e morreu.
“Não temos como precisar em que momento ele teve acesso à arma, pois os suspeitos estavam sozinhos com o escrivão dentro da sala”, pondera o delegado.
Os dois homens trocaram tiros com outros policiais na delegacia. O comparsa foi recapturado, mas Josivan ainda está foragido.
Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a prestar os primeiros socorros ao escrivão, que não resistiu aos ferimentos.
BUSCAS
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o titular da pasta, Sandro Caron, determinou o enviou de reforços policiais para a região e disponibilizou todo aparato necessário para que o homem responsável pelo homicídio seja capturado.
Várias equipes de policiais civis de delegacias de todo o Estado foram enviadas para a área, além de composições da Polícia Militar. Conforme a nota, eles realizam buscas ininterruptas para capturar o suspeito. Uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) foi enviada para auxiliar.
A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) disse, em nota, lamentar profundamente a morte do escrivão.
Em nota de pesar, o Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Estado do Ceará (Sinpol/CE) também lamentou a morte do escrivão, conhecido pela “simpatia e gentileza com todos”.
“Nossos sinceros sentimentos à família enlutada e a todos os irmãos Policiais Civis, que Deus conforte a todos”, diz o comunicado.
CARREIRA
Conforme informação da SSPDS, Aloizio Alves de Lima Amorim trabalhou na Polícia Civil durante dez anos, três meses e 20 dias. O escrivão prestou serviços no Grupo Provisório de Investigação e Homicídios, na Delegacia Municipal de Parambu, além das Delegacias Regional de Juazeiro do Norte e Regional de Tauá, onde estava lotado desde 2014.
A Polícia Civil afirmou que “reconhece os relevantes serviços prestados à sociedade cearense pelo policial civil, lamenta a partida precoce do policial que tanto contribuiu no combate à criminalidade no Ceará e coloca o aparato da Instituição à disposição da família dele”.
Fonte: Diário do Nordeste