A Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou, nesta terça-feira (20), por unanimidade, o uso emergencial temporário, em caráter experimental, de medicamento para o tratamento da Covid-19: o REGN-COV-2.
No dia 1º de abril, a farmacêutica suíça Roche, que produz o medicamento em parceria com a empresa norte-americana Regeneron, entrou com o pedido na Anvisa para uso emergencial do remédio no Brasil.
Trata-se de um coquetel contendo dois medicamentos que são anticorpos feitos em laboratório. Eles imitam o sistema imunológico na tentativa de neutralizar o novo coronavírus.
As áreas técnicas da Anvisa deram parecer favorável à liberação emergencial do remédio, entre elas, a gerência de Medicamentos e Produtos Biológicos, sob a coordenação do servidor Gustavo Mendes Lima Santos.
Quanto às incertezas destacadas pela área técnica da Anvisa, está a necessidade de mais dados sobre as plantas para fabricação do medicamento no Brasil, além de outros dados sobre testes clínicos para a variante P1, e também sobre mulheres grávidas.
Existem, atualmente, quatro estudos clínicos em andamento sobre esse remédio. O gerente da Anvisa, Gustavo Mendes Santos, destacou que os resultados preliminares são positivos.
A relatora do caso na Anvisa, a diretora Meiruze Freitas, afirmou que agências reguladoras dos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália, entre outras, já deram autorização para o uso emergencial do produto. Mas, nenhum país do mundo deu ainda o registro definitivo do medicamento contra a covid-19.
O REGN-COV-2 é recomendado para pacientes sintomáticos da doença com risco de evoluir para casos graves, como idosos, pessoas obesas ou com doenças crônicas. Ele é ainda restrito para pessoas com mais de 12 anos e mínimo de 40 quilos. A Anvisa liberou o uso do medicamento pelo período de 12 meses.
Agência Brasil