O Paraguai inicia nesta semana um estudo para determinar quais variantes do novo coronavírus circulam no país, além da brasileira P.1 (Manaus), já confirmada através de testes enviados para a Fiocruz no último mês de março.
A disseminação da variante Manaus tem resultado no aumento do internamento de menores de idade. De acordo com a coordenadora da ala de contingência Pediátrica Covid do Hospital de Clínicas, em Assunção, Dra. Sonia Arza, desde março o número de internamentos dobrou. “Os casos diminuíram até o final do ano. Mas desde o início de março de 2021, estamos estamos tendo um pico de casos que, em comparação com o ano anterior, passam dos 50% na ala de contingência respiratória”, informou a médica.
Os registros mostram que no início da pandemia o internamento na ala pediatria exclusiva para a Covid-19 se mantinha nos 4%, se comparado com a população maior de idade.
“Está aumentando o número de casos em crianças e o que chama a atenção é que a criança que antes adquiria uma doença autolimitada, agora está adoecendo como um adulto”, ressaltou Dra. Sonia.
A cepa do coronavírus encontrada em Manaus, denominada P.1 possui uma taxa de contágio quase três vezes maior do que a usual. Em janeiro, o país registrava cerca de 10 mortes diárias. No final de março, o número de mortes por dia chega a 50.
A doutora Magalí Martínez, pesquisadora do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia do Instituto de Pesquisa e Ciências da Saúde (IICS) do Paraguai, informou que as variantes os anticorpos, mas ainda não afeta a eficácia das vacinas.
“Embora esse percentual de anticorpos que podem ser obtidos pela vacina tenha diminuído um pouco, ainda não chega a afetar a eficácia para evitar casos graves ou graves”, explicou a Dra. Magalí Martínez.