Em 1º de abril, a Rodoviária Internacional de Foz do Iguaçu completa cinco anos sob a gestão da iniciativa privada. Para marcar a data os passageiros que forem viajar e também quem chegar à cidade nesta quinta-feira ganharão um frasco de álcool gel. A lembrança simboliza que os cuidados no local para evitar o contágio do coronavírus são permanentes e também que o terminal está bem diferente daquele que existia cinco anos atrás. Nesse período, a Tarobá Construções, empresa responsável pela gestão do terminal, investiu mais de R$ 3,6 milhões na reforma e modernização da infraestrutura. O volume de investimentos comprova a mudança para melhor no espaço que antes estava em condições precárias e era motivo de constantes reclamações dos usuários.
A concessão entrou em vigor em abril de 2016 e as obras começaram de imediato. Houve uma reforma geral, começando pelos banheiros, calçadas externas, pintura e recuperação do piso, forro e rede elétrica, readequação da área comercial e ampliação do mix de serviços oferecidos. Na sequência foram implantadas diversas melhorias como nova configuração do controle de acesso às plataformas, reestruturação no guarda-volumes, acesso à internet, sistema de climatização sustentável, padronização dos guichês das empresas de ônibus e instalação de placas para geração de energia solar. Para 2021, a Tarobá planeja a instalação do sistema de circuito integrado, semelhante ao existente nos aeroportos, com os horários de chegadas e partidas dos ônibus para apresentação em monitores distribuídos em pontos estratégicos do terminal.
De acordo com o diretor da Tarobá Construções, Renato Camargo, embora funcional e bem localizada, a estrutura estava defasada e necessitava urgente de modernização. De 2016 para cá, a empresa tem seguido o modelo de concessão baseado na transparência para entregar serviços de qualidade e tornar a estrutura mais adequada, trazendo mais conforto e segurança para quem passa ou trabalha. Por outro lado, o resultado é que o município deixou de fazer investimentos, passou a arrecadar com outorgas e impostos e viu o serviço melhorar”, pontua.
Reconhecimento
A gestão tem se mostrado eficiente e o Foztrans, órgão responsável pela concessão, reconhece a efetividade da administração. Na avaliação de Licério Santos, diretor-superintendente do Foztrans, a Rodoviária Internacional de Foz teve um grande avanço após a concessão, isso se deve ao modelo e também ao interesse do concessionário em cumprir o contrato e ainda trazer inovações e melhorias para a Rodoviária. Ele lembra que a falta de investimentos levou a Rodoviária a operar por anos no limite da capacidade. “É fácil identificar os dois períodos, o antes e o depois da concessão. Saímos de um serviço totalmente deficitário e partimos para um novo momento”, observa.
Outro aspecto destacado pelo Foztrans é a melhoria no atendimento ao usuário e para as empresas que operam no terminal como lojistas, empresas de ônibus e até mesmo para os prestadores de serviço como táxis e mototáxis. “A concessão, quando bem feita, é o melhor instrumento para a prestação de serviço público e estamos muito satisfeitos com essa parceria”, conclui Licério.
Protocolos sanitários
Atualmente, na rodoviária são realizadas viagens para mais de 85 destinos, incluindo Assunção, no Paraguai. As viagens à Argentina estão interrompidas em razão da pandemia. Ao longo desses cinco anos, mais de 280 mil ônibus transportaram 4,3 milhões de passageiros que embarcaram e desembarcaram na Rodoviária. Nos quatro primeiros anos de operação, a média de embarques anual era de 483 mil, mas a pandemia do coronavírus provocou uma queda de 60% no movimento. Em 2020, foram 214.735 embarques e 204.563 desembarques, números bem abaixo do registrado em 2019, com 482.285 embarques e 460.529 desembarques.
Por enquanto, não há previsão de recuperação do fluxo como era antes da Covid, por isso até que a situação sanitária esteja sob controle, as medidas de segurança contra o coronavírus serão mantidas. Desde o início da pandemia, há um ano, a Rodoviária segue protocolos de enfrentamento da Covid. As condutas são encaradas com a seriedade que o cenário merece e por isso o terminal conquistou em setembro do ano passado a Certificação de Responsabilidade Sanitária e Selo de Ambiente Protegido, concedidos pela Secretaria Municipal de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Sebrae/PR e Conselho Municipal de Turismo (Comtur).
Assessoria