Em pouco mais de dois meses, a usina de Itaipu já gerou cerca de 15 milhões de megawatts-hora (MWh), o equivalente a mais da metade de toda a produção de 2020 das hidrelétricas de Belo Monte ou Tucuruí. A marca deve ser atingida entre sexta-feira (5) e sábado (6). “Para um período de pandemia e pouca afluência hídrica, o resultado é considerado bastante positivo”, diz o superintendente de Operação, José Benedito Mota.
Os 15 milhões de MWh seriam suficientes para atender ao consumo de energia do mundo por cinco horas; do Brasil, por 11 dias; da cidade de São Paulo, por seis meses e 18 dias; do Paraguai, por um ano; do Estado do Paraná, por cinco meses e 22 dias; ou, por um ano, de 25 cidades do porte de Foz do Iguaçu.
Em comparação com a produção anual de 2020 das maiores usinas do sistema interligado nacional, esse montante é também equivalente à geração total produzida por Jirau; e a 80% da geração de Santo Antônio. A usina totalmente brasileira que mais produziu no ano de 2020 foi Tucuruí, com cerca de 29 milhões de MWh, seguida de Belo Monte, com cerca de 28 milhões de MWh.
Alto desempenho
Nos dois últimos anos, a usina de Itaipu alcançou os melhores índices de produtividade do seu histórico: 1,0794 MW médios por metro cúbico por segundo (MWmédios/m3/s) em 2019 e 1,0870 MWmédios/m3/s em 2020. Esse indicador estabelece a relação entre a quantidade de energia gerada com a vazão turbinada (o volume de água que passou pelas unidades geradoras, medido em metros cúbicos por segundo). Desta forma, a usina otimizou a produção de energia, aproveitando ao máximo a água disponível.
Outro destaque nos últimos anos foi o Fator de Disponibilidade de unidades geradoras, que indica o percentual de tempo em que as unidades geradoras estavam prontas para atender às demandas dos sistemas elétricos do Brasil e do Paraguai. Os índices em 2019 e 2020 foram de 97,55% e 97,10% respectivamente, primeiro e terceiro melhores resultados do histórico e superiores à meta da área técnica da usina, que é 94%.
Já o índice de indisponibilidade forçada, que mostra quando as unidades geradoras estão paradas por falhas técnicas ou humanas, apresentou o mesmo valor em 2019 e 2020, que dividiram o segundo melhor resultado dos últimos dez anos: ficou em 0,09%, quando o valor de referência é de 0,5%.
A produtividade da usina associada aos altos valores de disponibilidade das unidades geradoras e aos baixíssimos índices de indisponibilidade forçada reflete o excelente desempenho da usina atualmente.
“Esses resultados indicam uma sinergia de todas as áreas binacionais da Diretoria Técnica, com otimização e aperfeiçoamento das inspeções e manutenções”, diz o diretor técnico executivo da Itaipu, Celso Torino. “Os dados destes indicadores demonstram que a Itaipu, mesmo com todas as dificuldades impostas pela pandemia da covid-19 e pelas baixíssimas afluências dos últimos dois anos, tem apresentado um desempenho excepcional.”
Assessoria