Desde que foi implantado pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, em junho de 2018, o Programa de Coleta Seletiva deu a destinação correta para 4.153 toneladas de resíduos. Os materiais, coletados em todas as regiões da cidade, foram devidamente separados, armazenados e comercializados pela Cooperativa dos Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu (COAAFI).
Além de garantir o aumento na vida útil do aterro sanitário, o material reciclável contribuiu para a renda dos 75 catadores e catadoras inscritos no programa, como é o caso da trabalhadora Vera Lucia Evangelista, de 50 anos.
Desde os anos 1990 a renda da Vera vem do material reciclável, e foi por meio dele que a catadora conseguiu construir sua casa própria. “Eu trabalhava no antigo lixão, o material vinha de qualquer jeito, misturado com o lixo comum, sempre muito sujo e a gente precisava separar e limpar tudo. Foi uma época muito difícil, era sofrido”, conta.
Desde que começou no Programa de Coleta Seletiva do município, em 2018, uma nova história começou. “Agora é outra coisa. Minha renda melhorou e o material já vem separado e limpo”, revela a catadora, que atua na Unidade de Valorização de Resíduos (UVR) do Porto Belo.
Além da renda mensal, de cerca de R$ 1.100,00, os catadores (as) têm os direitos trabalhistas garantidos, por meio do contrato entre a Prefeitura e a COAAFI.
“Para nós, enquanto gestores, é muito gratificante termos a oportunidade de transformar a qualidade de vida e renda dessa importante classe de trabalhadores, e ainda contribuir para uma mudança de comportamento de toda a sociedade”, destacou a secretária de Meio Ambiente, Angela Meira.
“A Coleta Seletiva se tornou um grande patrimônio de Foz do Iguaçu. É uma ação que está engajando toda a cidade e que veio para ficar. Além de promover um desenvolvimento sustentável e um meio ambiente equilibrado, este programa está dando dignidade aos catadores e catadoras”, disse o prefeito Chico Brasileiro.
Programa
A Coleta Seletiva acontece uma vez por semana em cada bairro. O programa opera com oito caminhões e motoristas próprios do município, o que possibilitou avançar e chegar a 100% da área urbana (2019) e rural (2020) do município. Todo material coletado é destinado às seis Unidades de Valorização de Recicláveis (UVR). “Os materiais são comercializados pela cooperativa, retornando à cadeira produtiva, ou seja, a reciclagem ou reaproveitamento”, explicou a coordenadora do programa Rosani Borba.
Ao todo, serão oito unidades de valorização. Dessas, duas já foram ampliadas, reformadas e entregues aos catadores (Manoel da Silva, no Jardim das Palmeiras e Rosana Lemes Turmina, no Morumbi), duas estão em processo de finalização das obras (Usina de Asfalto e Vila Portes) e quatro em processo de ampliação e reforma (Porto Belo, Porto Meira, Vila C e Campos do Iguaçu).
Com a pandemia do novo coronavírus, o serviço foi suspenso por dois meses (março e abril de 2020), retornando o atendimento quinzenal de maio a setembro. Em outubro do ano passado, o programa voltou à coleta semanal.
Assessoria