A Rede Municipal de Ensino está planejando o retorno presencial das aulas para o dia 1° de março. No entanto, o ensino remoto deve iniciar a partir do dia 18 de fevereiro, com entrega de atividades aos pais. O início das aulas presenciais em março dependerá do comportamento da pandemia no pós-carnaval.
A informação foi repassada à Rádio Cultura pela Secretária de Educação do Município, Maria Justina. “Faremos uma reunião nesta quarta-feira, 27, com o comitê de retorno para definir, tem um protocolo de segurança, que está pronto desde o ano passado” explicou. A secretária salienta que mesmo com o retorno presencial, as aulas serão híbridas, ou seja, parte dos alunos estarão na escola e parte farão atividades em casa.
Uma pesquisa será feita com os pais para saber quais deixarão os filhos retornarem para a escola. “Disponibilizaremos um termo online dia 5 de fevereiro para saber quantos alunos irão voltar” destaca. Os pais poderão optar pelo ensino remoto. Com a definição de quantos alunos irão voltar, será realizado um escalonamento para que, dependendo da turma e da estrutura da sala, seja possível definir quantos alunos poderão ser recebidos presencialmente.
Haverá um revezamento entre os alunos. “Mesmo tendo a liberação dos pais e da saúde, nós ainda temos a situação da estrutura física das escolas. Então será atividade híbrida, ou seja, se 20 alunos retornarem em uma sala, em uma semana a escola recebe 10 e na outra outros 10, ou dois dias, ainda será definido” esclareceu. Entre as mudanças no atendimento presencial está previsto o fim do lanche nos refeitórios.
SINPREFI
A Rádio Cultura também ouviu o Sinprefi (Sindicato Professores e Profissionais Educação Rede Pública). A presidente do Sindicato, Marli Maraschin, afirmou que a categoria vai aguardar uma decisão do setor de saúde para saber se há segurança para o retorno. Ela disse que o sindicato também defende a vacinação contra a Covid-19 para professores.
O Sindicato ainda realizará uma assembleia para votar se aceitam retornar no dia 18 ou não. “Quem vai liberar não sou eu, quem vai dizer que está seguro pra voltar é o pessoal da saúde, nós confiamos nestas pessoas. Mas o professor tem medo de voltar, tem pânico. Por todo o fato de problema mental que tem uma sala lotada. Eu, professora de ensino fundamental, não consigo dar aula sem pegar na mão do aluno. Como irá manter o distanciamento dessa forma? Questionou.
“Nós queremos a vacina, é o que vai nos libertar para uma volta mais tranquila, mais amena” ponderou. Ela informou que no dia 31 de janeiro, às 9h, os professores farão uma mobilização para pedir a vacina.