De 2010 a 2020, as equipes da Itaipu plantaram quase 775 mil mudas de árvores. Só no ano passado, foram 65.507 mudas de espécies nativas em 11 municípios lindeiros, na faixa de proteção da usina e no Refúgio Biológico Maracaju, no Mato Grosso do Sul. Desde que começou o trabalho de recuperação ambiental pela obra da usina, foram mais de 24 milhões de mudas, somente na faixa de proteção.
Esse é mais um legado que Itaipu deixa para Foz de Iguaçu e ao Paraná. Além de obras como a Ponte da Integração, a Estrada da Boiadeira, o Mercado Municipal ou as melhorias nos bairros, a empresa busca também deixar um “legado verde”, plantando mudas de espécies nativas não só para compensar a vegetação que dá espaço às obras, mas também num esforço de ampliar a área plantada na região.
“A Itaipu está sempre pensando na nossa gente e na sustentabilidade de nossas obras e iniciativas. Sabemos que o cuidado com o meio ambiente é fundamental para essa e as próximas gerações”, diz o diretor-geral brasileiro da usina, general Joaquim Silva e Luna.
Apesar de considerável, o plantio de 2020 ficou abaixo de anos anteriores, pois, devido à pandemia da covid-19, houve a redução na programação e execução dos trabalhos de manejo florestal na área, de forma preventiva.
“Além das restrições em decorrência da pandemia e das condições climáticas desfavoráveis ao plantio em 2020, a tendência é de que os plantios diminuam ao longo de tempo, pois as áreas protegidas de Itaipu já se encontram em fase final de recuperação ou restauradas”, explica Cristiano Teixeira, técnico da Divisão de Áreas Protegidas da Itaipu (MARP.CD).
Atualmente, o plantio costuma ser realizado em pequenas áreas provenientes de encerramento ou adequação de usos múltiplos (corredores para prover água a animais, captações de água, estradas, etc.), locais com ocorrência de incêndio ambiental, áreas remanescentes, fechamento de acesso clandestinos pelas forças de segurança, entre outros.
As espécies escolhidas são nativas da região do plantio. Em 2020, foram plantadas 50 espécies pertencentes a diversos grupos ecológicos. Na faixa de proteção, são comuns mudas de peroba, palmeira-jussara, copaíba e canelas; no Mato Grosso do Sul, a preferência é por cerejeira, pau-marfim, canafístula e ipês. Além dos plantios e replantios em áreas próprias, a Itaipu também distribuiu mais de 140 mil mudas.
Compensação
Um dos plantios realizados em 2020 foi na Vila A, em uma área degradada na borda de um fragmento florestal de cerca de 100 hectares. Em maio, uma equipe da Itaipu começou o plantio de 2.700 mudas de árvores nativas para atender à compensação ambiental devido ao corte de árvores para a implantação de uma ciclovia naquela região.
O projeto inicial da ciclovia foi alterado para minimizar ao máximo o corte de árvores. Por exemplo, o trajeto que passaria por trás do Centro de Medicina Tropical acabou sendo redirecionado para a frente. Também não foi suprimida a vegetação em todo o trecho da BR-277.
No início das obras, foi encaminhado ao Instituto Água e Terra (IAP) o pedido de permissão de corte de 268 árvores. O órgão ambiental estipulou como compensação ambiental o plantio de 2.700 mudas e foi prontamente atendido pela binacional.
Ação interna
A empresa ainda incentiva a participação dos empregados nas ações em favor do meio ambiente. No ano passado, no Dia da Árvore, comemorado em 21 de setembro, mais de 1.600 mudas de árvores nativas foram distribuídas internamente pelas divisões de Áreas Protegidas (MARP.CD) e de Educação Ambiental (MAPE.CD).
Foram entregues mudas de sete espécies de árvores frutíferas da Mata Atlântica – pitanga, jabuticaba, cereja-preta, araçá, ingá e gabiroba. Todas fazem parte do rol de mudas produzidas no Refúgio Biológico Bela Vista para as iniciativas de reflorestamento na região.
Reconhecimento
Em 2017, a Fundação SOS Mata Atlântica publicou um estudo indicando que Itaipu é a principal responsável pela regeneração de áreas florestais no Paraná. São quase 30% de recuperação do bioma observado no Estado nos últimos 30 anos.
Em 2019, os mais de cem mil hectares de áreas protegidas pela binacional ganharam o status de Reserva da Biosfera, chancela dada pelo Programa “O Homem e a Biosfera” (MaB, em inglês) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). É a única hidrelétrica do mundo com esse título.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
Fonte: Assessoria