Depois de implantar uma política de austeridade, com mudanças necessárias para essa conjuntura, a atual gestão da margem brasileira da usina de Itaipu prepara um pacote de entregas de obras estruturantes para a população do Oeste do Paraná e, principalmente, Foz do Iguaçu e área de influência da usina, nos próximos dois anos. São obras e iniciativas que dão um novo perfil à região, e que vão permitir a consolidação e abertura permanente de frentes de trabalho e empregos consistentes para profissionais em busca de oportunidades.
Há pouco mais de um ano e dez meses à frente da diretoria geral brasileira, nossa gestão, seguindo os princípios da boa administração pública, e em consonância com as diretrizes do governo Bolsonaro, promoveu uma reestruturação na empresa. Era necessário um novo direcionamento, enxergando um horizonte de, no mínimo, quatro anos à frente. Era necessário reduzir sombreamentos de funções e concentrar toda a direção da empresa junto aos demais empregados, na base de comando da usina.
Foz do Iguaçu, que apenas concentrava geograficamente a hidrelétrica, teria outro conceito. Não seria mais apenas uma sucursal, na prática, mas a protagonista. Afinal, é onde está instalada a maior geradora de energia limpa e renovável do mundo. Era necessário estabelecer uma relação colaborativa com a sociedade, onde estamos inseridos.
Feita a reestruturação, inclusive com o exemplo de termos vindo de imediato para Foz do Iguaçu com toda a diretoria, era necessário pensar com austeridade e transformar cada megawatt em entrega para nossa gente. O propósito era melhorar a cidade não apenas para os mais de 150 empregados que vieram transferidos de Curitiba e Brasília, mas, principalmente para seus moradores, que merecem a melhor contrapartida que Itaipu pode oferecer.
São projetos como o de cidade inteligente, a segunda ponte sobre o Rio Paraná (já com metade da construção concluída), Perimetral Leste (que vai desviar o tráfego pesado do centro de Foz), as inúmeras ciclovias, a conclusão do mercado municipal, a revitalização do Gradamão da Vila A e as melhorias nos aeroportos de Foz do Iguaçu e também de Cascavel, entre outros.
Mas a missão de Itaipu vai além. A usina vai continuar investindo no turismo, vocação natural de Foz, e em outras frentes importantes para dar o status que a cidade e a região merecem. Vêm muitas novidades, associadas a esses empreendimentos, por aí, antes de outro tema importante em que cada um de nós terá papel principal. “Nós”, a quem me refiro, é a nossa gente. Porque, afinal, o amanhã já começou. E, com ele, desafios e muita vontade de trabalhar pelo desenvolvimento do Brasil e do Paraguai, e, por consequência, do nosso bem maior: as pessoas.
Joaquim Silva e Luna é General de Exército e diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional.