Em uma época marcada pela pandemia da covid-19 e, por consequência, muitas incertezas, o investimento de mais de R$ 1,4 bilhão da margem brasileira de Itaipu Binacional, o maior pacote de obras já visto em Foz do Iguaçu e região, tem hoje um apelo ainda mais importante: geração de emprego.
São mais de 30 projetos em diversos segmentos, que movimentam a economia, geram empregos e ficarão como legado para as futuras gerações. As obras também têm sido fundamentais para a superação da crise provocada pela pandemia de covid-19.
Juntas, as obras estruturantes da margem brasileira da usina movimentam 1.400 empregos diretos e outros mil que serão criados no início da operação desses empreendimentos, como a segunda ponte, a Perimetral Leste, o Mercado Municipal, a reforma da Delegacia da Mulher e melhorias e ampliação do aeroporto, entre outras.
Isso sem contar convênios nas áreas socioambientais, como auxílio eventual e parcerias com o governo do Estado para a contratação de 800 bolsistas no combate à covid-19 em todo o Paraná e em investimentos em mais de 30 entidades assistenciais que estavam na iminência de fechar as portas em função do novo coronavírus.
“É o perfil de uma empresa pública que se importa com a população e sabe o valor de abrir frentes de trabalho num momento no qual muitas outras estavam demitindo. Na Itaipu, fizemos uma grande força-tarefa com esse pensamento, para que tudo volte o mais rapidamente possível à normalidade”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna. E acrescenta: “Nossa usina está instalada em Foz e essa é uma contrapartida que damos à nossa gente”.
Neste ano, em função da covid-19, o setor de serviço, principalmente o turismo, e o comércio desempregaram mais de 5 mil pessoas. Aos poucos, com a campanha Vem Pra Foz, promovida por Itaipu e parceiros, essas atividades estão sendo retomadas. Silva e Luna lembra que, quando se prospecta uma obra ou uma iniciativa, já se pensa no fim dela e todo o benefício gerado. “Além do legado, a preocupação é com o bem-estar de quem aqui vive ou visita nossa cidade e região”.
A reestruturação da empresa, com o reordenamento de recursos, foi implantada pela gestão Silva e Luna, assim que o diretor assumiu o cargo, em fevereiro de 2019. Com foco na austeridade, as ações estão alinhadas com as diretrizes dadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro e em consonância com os princípios constitucionais da boa administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
“A mudança na gestão gerou economias e decidimos que esses recursos seriam investidos na região, em obras estruturantes e em projetos que farão a diferença na vida do cidadão”, afirmou Silva e Luna. Segundo ele, “empregar recursos públicos é uma arte que exige transparência, responsabilidade, planejamento, metas, prazos e acompanhamento”. E, acima de tudo, entregas. “Ninguém inaugura mais promessas.”
O principal empreendimento, a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, sobre o Rio Paraná, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, já está com quase 50% das obras concluídas. A estrutura é um antigo sonho da comunidade. Ali foram aportados R$ 463 milhões, considerando a estrutura, desapropriações e a construção de uma perimetral no lado brasileiro, que começou a recrutar 40 operários e iniciou a montagem do canteiro de obras.
Nela serão investidos R$ 140 milhões. Em 2020, a segunda ponte, só para se ter um exemplo, gerou mais de 545 empregos diretos nas margens brasileira e paraguaia. Indiretamente são mais de mil.
As obras no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu também seguem em ritmo acelerado. Os investimentos de aproximadamente R$ 70 milhões incluem a ampliação da pista de pouso e decolagem (que passará de 2.195m para 2.795m), a expansão do pátio de manobras e a duplicação da via de acesso ao terminal. As melhorias permitirão a operação de aeronaves de grande porte e a abertura de novas conexões, inclusive internacionais.
Outra obra importante e reivindicada pela comunidade é a duplicação da BR-469, a Rodovia das Cataratas, principal corredor turístico de Foz do Iguaçu. A rodovia de 8,7 quilômetros de extensão conecta a cidade ao trevo de acesso à Argentina, ao Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu e ao Parque Nacional do Iguaçu. O custo previsto é de R$ 139,4 milhões.
A ação de Itaipu alcança municípios da região Oeste, com projetos em Cascavel, Guaíra, Santa Helena e Ramilândia, entre outros. O último pacote de obras financiado pela binacional foi anunciado em novembro pelo próprio presidente Jair Bolsonaro, em viagem ao Paraná, e inclui a conclusão da futura Estrada Boiadeira (BR-487); a supervisão, implantação e pavimentação da Rodovia BR-163 (contorno de Guaíra); a execução das obras de adequação na Rodovia BR-163 (contorno Oeste de Cascavel); e a revitalização da Ponte Ayrton Senna, em Guaíra.
Assessoria