Professores ocuparam o prédio administrativo da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), na tarde desta quarta-feira (18), em protesto pela revogação do edital de contratação de PSS (temporários). Eles prometem sair somente após uma sinalização de atendimento da reivindicação. O momento da invasão foi transmitido ao vivo pela página no Facebook do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Paraná (APP-Sindicato).
Na manhã desta terça-feira (17), um protesto reuniu centenas de professores em frente ao Palácio Iguaçu. Segundo os manifestantes, o Governo desconhece a realidade da educação no Paraná e ameaça demitir mais de 30 mil profissionais em meio à pandemia. Cerca de 40 manifestantes passaram a noite acampados no local e outros 300 estão desde a manhã desta quarta-feira na frente da sede do Governo do Estado.
Segundo a APP-Sindicato, o secretário da Casa Civil, Guto Silva, prometeu para hoje (18) uma resposta ao servidores, mas até o momento não houve contato.
Além da revogação do edital, os manifestantes reivindicam a realização de concurso público, o cancelamento do processo de terceirização de funcionários de escola, a prorrogação dos contratos desses profissionais contratados pelo regime PSS, pagamento do salário mínimo regional e das promoções e progressões.
Deputados atuam para que o governador reveja a posição. A realização da prova prevista para o dia 13 de dezembro pode movimentar mais de 100 mil pessoas.
Após protesto, o governo atendeu pedido de um grupo de indígenas, na noite de ontem (17), que reivindicava a suspensão da prova e da cobrança de inscrição, porém manteve para demais professores, que agora exigem o mesmo tratamento.
Seed
Em nota enviada à Banda B, no início da tarde de terça-feira, a Secretaria da Educação e do Esporte do Paraná (Seed-PR) afirmou que continua ouvindo os professores e ressalta que todos os pedidos de reunião foram atendidos. De acordo com a Seed, o Processo Seletivo Simplificado (PSS) 2021 foi construído com diálogo, inclusive com a secretaria retirando a prova de redação e banca, como originalmente planejado. Segundo a pasta, apenas a prova de conhecimentos está como novidade e foram mantidos como parte do processo seletivo a prova de títulos e o tempo de serviço – mesmos critérios utilizados em anos anteriores.
No fim, a secretaria disse que o novo PSS valoriza profissionais experientes e ao mesmo tempo abre novas oportunidades.
A reportagem da Banda B entrou em contato com a Alep e aguarda uma posição sobre a ocupação e as reivindicações dos professores.
Fonte: Banda B