Após três semanas em queda nos casos confirmados da Covid-19, a Vigilância Epidemiológica de Foz do Iguaçu voltou a registrar uma alta na média móvel (96.86), além do menor índice de isolamento social desde o início da pandemia (35.3).
A alteração preocupa autoridades em saúde e revela um aumento diário semelhante ao verificado no mês de julho, quando a cidade passou por seu pior histórico no número de casos confirmados da doença. Somente na semana passada (18 a 25/10), Foz do Iguaçu registrou 725 novos casos da doença e 12 mortes. No último sábado, dia 24, foram confirmados 143 casos da doença, o segundo maior número desde o início da pandemia. No dia 16 de julho, o município registrou 168 casos de Covid-19, o maior número até agora.
Até hoje, a cidade registra 8.827 casos de Covid-19. Deste total, 4.046 (45%) corresponde a jovens adultos, de 20 a 40 anos. Para o gerente da Vigilância Epidemiológica, enfermeiro Roberto Doldan, as principais causas desse novo pico estão ligadas ao último feriado, do dia 12 de outubro, e à reabertura da Ponte Internacional da Amizade, com maior circulação de pessoas na fronteira. “Há 15 dias tínhamos registrado queda com mudança de cenário epidemiológico, a média era de 40 casos por dia, e agora passamos do dobro. O aumento é expressivo e preocupante”, comentou.
Exames
A circulação na fronteira também influenciou no aumento dos testes realizados pelo Laboratório Municipal, com uma média de 250 coletas de RT-PCR por dia. “Tivemos um pico de procura de mais de 300 pessoas por dia, que buscam informações pela Central Covid ou vêm até a triagem do Hospital Municipal. Situação como essa tivemos lá em julho, quando vivemos um pico da doença”, comentou o gerente do Laboratório, Rafael dos Santos.
Segundo ele, o impacto maior da reabertura da Ponte da Amizade será sentido nos próximos dias. “Tivemos sim um acréscimo de pessoas vindo do Paraguai, mas tivemos um feriado importante, onde as pessoas não se cuidaram, se aglomeraram e os impactos estamos vendo agora. Temos outro feriado em breve (2 de novembro) e isso deve gerar impactos ainda maiores”, aponta. Já foram realizados em Foz do Iguaçu, 34.997 exames.
Com a abertura da fronteira e a retomada das atividades sociais e econômicas, a preocupação recai na retaguarda com a oferta de leitos para atender a demanda. “Já está em Brasília nosso Plano de Contingência que prevê esse aumento no número de leitos”, explicou Doldan. A ocupação dos leitos de UTI hoje está em 62% e 60% na enfermaria.
Confira os números da Covid em Foz
Março – 13 casos / nenhum óbito
Abril – 36 casos / 2 óbitos
Maio – 79 casos / 1 óbito
Junho – 768 casos / 8 óbitos
Julho – 2.447 casos / 19 óbitos
Agosto – 1.732 casos / 31 óbitos
Setembro – 2.173 casos / 42 óbitos
Outubro – 1.579 casos / 33 óbitos
Total: 8.827 / óbitos: 136.
Assessoria