PF cumpre 130 ordens judiciais em empresas, residências e prefeitura de São Miguel do Iguaçu

No período de 2013 a 2020, em 25 procedimentos licitatórios, foram movimentados mais de R$ 60 milhões de verbas públicas por meio de 25 contratos celebrados com as empresas.

A Polícia Federal cumpre nesta manhã mandados de prisão e busca e apreensão nas cidades de São Miguel do Iguaçu e Missal, que trabalham na Operação “Apocalipse”.

Agentes federais cumprem mandados em vários endereços de São Miguel, como a prefeitura, empresas e residências. O dono de uma laboratório de análises clínicas foi presos suspeitos de favorecimentos em licitações públicas.

Estão sendo cumpridas 130 ordens judiciais, sendo duas de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 51 mandados de busca e apreensão e 44 ordens de afastamento de sigilo bancário e fiscal. Além destas medidas, por meio de 30 ordens específicas, foi realizado o bloqueio de ativos financeiros e a constrição patrimonial na ordem de 20 milhões de reais.

Também foi expedido um mandado de prisão contra o prefeito de São Miguel do Iguaçu, Cláudio Dutra, que está preso preventivamente desde o dia 23 de setembro na Penitenciária I de Foz do Iguaçu, após uma operação da Polícia Civil e Ministério Público Estadual, que investiga fraudes no contrato do transporte escolar da cidade.

Segundo a Polícia Federal, o esquema criminoso iniciava por meio de fraudes em processos licitatórios das secretarias de relacionadas à saúde pública, limpeza urbana e esporte e cultura.

Os elementos angariados demonstram que as empresas selecionadas, algumas delas apenas de fachada, estavam relacionadas, direta ou indiretamente, a um empresário municipal. Com os contratos em vigor, foram realizadas inúmeras manobras ardilosas que possibilitaram o desvio de recursos públicos e enriquecimento ilícito daqueles que foram identificados como os supostos líderes da organização criminosa. Essas práticas possibilitaram uma exponencial evolução patrimonial de alguns investigados, cujos bens estavam ocultados em nome de interpostas pessoas, mas foram revelados pelas medidas investigativas adotadas no bojo da presente investigação.

No período de 2013 a 2020, em 25 procedimentos licitatórios, foram movimentados mais de R$ 60 milhões de verbas públicas por meio de 25 contratos celebrados com as empresas do grupo.

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