A Rádio Cultura ouviu nesta terça-feira, 29, o candidato a prefeito do Partido dos Trabalhadores (PT) por Foz do Iguaçu, Luiz. O candidato é o sexto entrevistado da série promovida pela Rádio Cultura. A ordem foi definida por sorteio com a participação dos representantes dos candidatos.
Objetivos da candidatura
O candidato afirmou que o objetivo é apresentar uma proposta de governo que seja popular, que governe para os bairros, que dê uma perspectiva no pós-pandemia. Ele argumenta que Foz será a cidade mais afetada no pós-pandemia. “O passivo social será grande, e será preciso um governo que olhe para a população” diz ele.
O candidato diz também que está preocupado com o que ele chamou de “pandemia de fome, de desemprego”, por esse motivo, a cidade vai precisar de um governo popular.
Composição de governo
Questionado sobre não ter coligação com outros partidos, ele disse que as demais legendas não quiseram compor com o PT porque o partido não entraria no embate político.
De acordo com ele, os demais partidos do campo progressista foram chamados para o diálogo. “Eles não aceitaram porque tínhamos candidato a prefeito e a vice, estávamos preparados” disse. Ele ressalta que para garantir a governabilidade em uma eventual eleição, fará um governo com participação popular. “Em um eventual governo nós vamos governar com a cidade” disse ele.
Ele defende que é democrático e não terá problemas de relacionamento. “Sou um cara democrático e republicano. Fui perguntado se subiria no palanque com o Governo Federal e eu disse que subiria, porque foz precisa do apoio do Governo Federal”, disse.
Experiência
O candidato explicou o período que atuou em outras cidades, como Rio Grande do Sul e Guarulhos, em São Paulo. Segundo ele, primeiro saiu para estudar e depois atuou em Guarulhos e Brasília, a pedido do PT. Ele diz que o período que esteve fora serviu como experiência.
No momento, é professor em Foz do Iguaçu. Diz que a primeira opção era concorrer a vereador, porém com a pandemia achou que era necessário apresentar uma proposta maior.
Desafio de ser candidato pelo PT
O candidato afirmou que ser candidato a prefeito pelo PT é um desafio grande, porém, sente-se orgulhoso porque o partido trouxe para Foz do Iguaçu a UPA, a Universidade Federal, Instituto Federal, entre outras obras. Além disso, ele diz que ser candidato em Foz é gratificante. “Sou muito orgulhoso de ser candidato pela minha cidade” enfatizou.
Transporte Coletivo
O candidato defende o fim do contrato com o atual sistema de transporte coletivo. “Nós vamos rever esse contrato e quem quiser prestar o serviço, vai prestar o serviço que a população precisa: com planejamento, conforto e respeito” disse ele.
Ele propõe também uma reestruturação de linhas, para que o comércio de outras regiões, além do centro, sejam valorizadas. “Aqui em Foz tem uma lógica, todo mundo vai pro centro, todo mundo em direção aquele terminal mal colocado (…). O terminal não atende a população, não está no meio da cidade” salientou. “Temos que rever esse modelo que todo mundo vai pro terminal” disse.
Governo com participação popular
O candidato defende que para garantir um governo com a participação popular existem três caminhos: o fortalecimento dos Conselhos Municipais, implementação do orçamento participativo permanente e a criação de um programa chamado Prefeito do Bairro. Sobre os conselhos, o candidato ressalta que a cidade conta com 50, porém poucos estão ativos. Ele citou como exemplo o Comus (Conselho Municipal de Saúde) e o Codefoz (Conselho de Desenvolvimento Econômico).
Porém, criticou o Codefoz, que de acordo com ele, falta participação popular. “Tentei fazer parte do Codefoz, mas me informaram que precisava fazer parte de uma entidade. Mas que entidade, quem escolheu essa entidade, foi pelo voto ou decreto?” Questionou. O candidato propõe também nomear assessores como representantes de bairro para facilitar o acesso da população ao prefeito. “Nós queremos empoderar o povo, empoderar as pessoas do bairro” disse ele.
Educação
Na educação, o candidato afirma que será necessário ouvir as autoridades sanitárias para definir a nova estrutura de ensino no pós-pandemia. “Não adianta eu chegar aqui e dizer que vou mudar o esquema das escolas, aumentar o espaço da escola, não adianta, as autoridades sanitárias que terão que dizer a cada semana quais serão os rumos da pandemia” disse.
No entanto, o candidato diz que terá que aumentar o número de vagas nas escolas públicas, já que muitos pais estão tirando alunos das escolas particulares devido a crise financeira. “Nós temos que fazer com que a escola seja um lugar de crescimento e oportunidades para essas crianças” disse.
O candidato também propõe a ampliação do tempo que as crianças ficarão no Centros Municipais de Educação Infantil. “Temos um projeto chamado de creche 10 horas, claro com mais estrutura, contratando servidores, professores, para ter um acompanhamento adequado” salientou.
Questionado se haveria orçamento para colocar o programa em prática, ele disse que sim. “Temos que fazer um orçamento participativo, aliás, a capacidade de 6% de investimento em Foz é baixa, precisamos dar uma olhada nesse orçamento para fazer caber os programas que estamos desenvolvendo” disse.
Assista a entrevista completa:
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