Agora os visitantes do Parque das Aves, em Foz do Iguaçu, tem uma novidade incrível para vivenciar: a possibilidade de alimentar periquitos dentro do Viveiro Cecropia. A experiência já está acontecendo desde a reabertura do Parque, no dia 1 de setembro, e está sendo muito bem aceita pelos visitantes.
Podem participar pessoas de todas as idades, e crianças até 4 anos precisam estar acompanhadas de pais ou responsáveis durante a experiência. A experiência custa R$ 10 (mediante compra do ingresso para o Parque das Aves) e o pagamento do valor da interação pode ser feito no cartão (crédito ou débito) ou no dinheiro, diretamente no Viveiro Cecropia. A interação acontece de terça a domingo, das 9h30 às 11h30 e das 13h às 17h30.
“Crianças e adultos têm se divertido muito com essa interação tão próxima com os periquitos. E como nosso foco é aproximar as pessoas cada vez mais da natureza, principalmente neste momento em que estamos isolados em nossas casas, acreditamos que essa experiência vai tocar o coração das pessoas”, comenta Camila Martins, gerente do Departamento de Educação Ambiental.
Como participar
A experiência, que dura aproximadamente 15 minutos, consiste em segurar uma colher de madeira com um mix de sementes para convidar alguns dos cerca de 300 periquitos que vivem no Viveiro Cecropia a se aproximar para interagir com este alimento diferenciado.
“O visitante vai experimentar a sensação indescritível de ver essas pequenas aves da Mata Atlântica bem de pertinho enquanto se alimentam. É muito curioso observar quais são suas preferências – algumas gostam das sementes grandes, outras das frutas secas, e todas amam o girassol –, como se alimentam, interagem entre elas. A experiência é realmente muito emocionante”, fala Camila.
Para participar da experiência de alimentação de periquitos, basta que o visitante compre um ingresso para o Parque das Aves (tickets.parquedasaves.com.br) e vá até o Viveiro Cecropia, que fica no meio da trilha do Parque. Lá ele pode adquirir por R$ 10 um mix de sementes e utilizar uma das colheres disponíveis para alimentar os periquitos.
“Cada porção conta com aproximadamente 20g de grãos como cártamo, girassol, sorgo, milho, canjica, trigo mourisco e semente de abóbora, além de rações específicas, acrescida de aveia com casca, arroz cateto e frutas desidratadas. A mistura foi feita com base no gasto de energia desses animais dentro do viveiro, garantindo que tenham saúde e um alto grau de bem-estar. A ideia é ir acrescentando novos itens periodicamente para manter o perfil nutricional deste alimento e o interesse dos animais”, comenta Henrique Tavares, chefe da Divisão de Nutrição Animal, responsável pelo oferecimento deste mix aos animais.
Alguns detalhes muito importantes dizem respeito aos animais. Por exemplo, não é permitido tocar as aves, embora elas possam se aproximar. Além disso, é necessário tomar cuidado ao se mover durante a interação, pois as aves podem se interessar pelas sementes que caem no chão.
“As aves são muito curiosas e se aproximam bastante das pessoas. Mas devemos sempre lembrar que são animais silvestres. Por isso é muito importante não tocá-las e deixar que interajam livremente com o alimento que está sendo oferecido. É justamente essa tranquilidade que passamos a elas durante a interação que faz elas se manterem confortáveis para participar sempre”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica do Parque das Aves.
Depois que o mix de sementes acaba na colher, ou antes mesmo disso, caso tenha interesse, o visitante sinaliza para a educadora ambiental que estiver no local orientando a experiência, para que ela suspenda a interação, removendo a colher.
“Essa experiência é muito incrível, principalmente quando pensamos que temos cerca de 300 periquitos no viveiro. Mas vale lembrar que eles são convidados a participar da experiência, ou seja, vão se aproximar apenas se quiserem, quando quiserem e pelo tempo que quiserem. Eles que escolhem nos presentear com essa experiência única”, fala Paloma.
Cuidados especiais
Para garantir a segurança dos visitantes, todas as colheres são higienizadas com álcool após o uso. Além disso, a distância física entre participantes é mantida com rigor, e o uso de máscara durante toda a atividade é obrigatória, inclusive para tirar fotos.
“Prezamos por um excelente atendimento, e trabalhamos com a distância física entre grupos de participantes para que todos se sintam seguros e possam aproveitar a interação. Tudo para que nossos visitantes tenham uma experiência incrível no Parque das Aves”, comenta Camila.
Aves resgatadas de tráfico e maus tratos
Os mais de 300 periquitos que vivem no Viveiro Cecropia vieram de diversos centros de resgate de todo o Brasil, além de muitos zoológicos. As aves recebidas de situações de apreensão chegam ao Parque, muitas vezes, em péssimas condições, mas hoje encontram no Parque das Aves uma nova oportunidade de ter um lar.
“Trabalhamos muito no planejando de toda a estrutura, desde a concepção do projeto até a chegada e adaptação dos grupos de animais provenientes de 16 instituições, de nove estados do Brasil”, comenta Paloma Bosso, diretora técnica e veterinária especialista em comportamento e bem-estar animal.
O Viveiro Cecropia
O viveiro levou dois anos até ficar pronto e foi estudado e estruturado sem nenhum dano à floresta. Por isso, foi feito sem a utilização de grandes máquinas, nem a derrubada de árvores. Aliás, as árvores fazem parte do design e ambientação para que os animais tenham o melhor ambiente possível para viver.
Ao todo 30 profissionais, especializados em construção sustentável em ambiente florestal, foram recrutados para o desenvolvimento do viveiro. Toda a estrutura, peças e colunas foram fabricadas pela equipe e levadas pelos trabalhadores com as próprias mãos para evitar a entrada de caminhões que compactariam o solo.
“O viveiro está inserido dentro da Mata Atlântica, por isso foi concebido com métodos construtivos sustentáveis, sem danos ao ecossistema”, diz Carmel Croukamp, diretora geral do Parque das Aves.
Assessoria