Terminou na noite de domingo (13) o prazo estabelecido pelo grupo terrorista Exército do Povo Paraguaio (EPP), para que o governo soltasse dois líderes guerrilheiros em troca de liberdade do ex-vice-presidente Óscar Denis Sanches e peão Adelio Mendoza, sequestrados na última quarta-feira (9) em uma fazenda do departamento de Concepción, no norte do Paraguai.
O governo adotou a estratégia de silêncio, se limitando a informar que segue com as buscas pelas Forças Armadas e Serviço de Inteligência, que conta com o apoio da Polícia Federal do Brasil e especialistas em combate à guerrilha do governo da Colômbia.
Fontes da presidência da República do Paraguai informaram que as negociações estão feitas diretamente com as filhas de Óscar Denis, que pedem uma prova de vida, mantendo contato permanente com as autoridades.
Ente as exigências do EPP está a liberação de seus fundadores, Alcides Oviedo e Carmen Villalba, presos condenados por atos de terrorismo. A ameaça é que se em oito dias os criminosos não foram liberados, o ex-vice-presidente e seu funcionário serão executados.
O grupo terrorista autodenominado Exército do Povo Paraguaio foi fundado em 2008, quando inciaram uma série de sequestros e assassinatos. Os guerrilheiros se escondem na mata no norte do país, próxima à fronteiras com a Bolívia. Acredita-se que o EPP já tenha assassinado mais de 50 pessoas, entre policiais e militares, além de mais de dez sequestros.