A rede hoteleira de Foz do Iguaçu registrou sinais tímidos de movimento de turistas, mesmo durante o feriadão da Independência. Projeção feita pelo Sindhotéis apontou ocupação média de 30% no feriado prolongado.
Os resorts e hotéis de lazer registraram um movimento razoável, diante da atual situação, mas os hotéis pequenos e médios ficaram praticamente sem ocupação ou com números muito insignificantes.
É preciso celebrar essa retomada, assevera Neuso Rafagnin, presidente do Sindhotéis, “mas devemos lembrar que estamos há mais de 180 dias sem movimento, e comparada a outros anos nossa ocupação ficou muito aquém de atender ao mínimo desejado”.
O presidente do Sindhotéis reconhece e agradece a campanha que está sendo desenvolvida pela Itaipu Binacional. “Sem essa iniciativa teríamos números ainda menores e estaríamos caminhando para a insolvência de muitas empresas do setor”, salienta.
Mas ao mesmo tempo o dirigente chama a atenção para que outras ações sejam implementadas para assegurar movimentação nos meses que restam neste ano e para o primeiro semestre de 2021. “Se não houver ações concretas, teremos graves problemas, inclusive demissões, pois as empresas do setor já não têm mais reservas para suportar os gastos”, pondera.
Neuso Rafagnin manifesta ainda sua preocupação com os novos decretos de fechamento do centro e em alguns bairros. Lembra que os mais prejudicados são os restaurantes, que novamente sofrem com a redução de horário de funcionamento. Segundo ele, fica impossível administrar uma empresa com esse vai e vem de bloqueios e autorização para funcionamento.
“Como fica um restaurante que está com funcionários e despensa abastecida, geralmente de produtos perecíveis, com sete ou dez dias de fechamento? Como se pode administrar um negócio com essa insegurança que assola o setor desde o mês de março e, pelo visto, não tem data para terminar?”, questiona.
Neuso lembra que muitos restaurantes e lanchonetes estão em vias de fechar as portas definitivamente e que se medidas não forem adotadas a gastronomia de Foz sofrerá um baque profundo. “Vamos realizar uma pesquisa consolidada pós-feriado, mas de antemão podemos dizer que a ocupação foi baixa se comparada com outros períodos e variou muito entre os estabelecimentos”, antecipa.
O drama dos meios de hospedagem e gastronomia aumenta agora. Sem feriadão, o movimento retorna a índices baixíssimos, abaixo de 10%. Um índice nada sustentável para manter as portas abertas. “Registramos no feriado os primeiros resultados da campanha da Itaipu Binacional, mas precisamos intensificar a promoção do turismo doméstico para atrair visitantes ao Destino Iguaçu”, conclui o presidente do Sindhotéis.
Assessoria