A Itaipu superou, às 6h48 desta sexta-feira (28), a marca de 50 milhões de MWh gerados em 2020. A produção foi alcançada nesta semana devido a uma alta considerável nos níveis de geração diários nos últimos 10 dias, que ficaram 24% acima da média do mês passado. Só na quinta-feira (27), foram produzidos 264.884 MWh – patamar que não era atingido desde fevereiro.
O aumento da produção ampliou a participação da energia de Itaipu na demanda do Sistema Interligado Nacional (SIN-BR), atingindo o pico de 14,84% no dia 23 de agosto, segunda melhor marca do ano. “Quanto mais Itaipu gera, menos o País passa a depender de fontes mais caras, como as termoelétricas”, afirmou o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna. “É a nossa energia limpa e renovável a serviço do desenvolvimento do Brasil e do Paraguai.”
Um dos fatores para o acréscimo da produção foi a elevada afluência observada nos últimos dias, por conta das chuvas da semana passada, que incidiram sobre o reservatório e a bacia incremental de Itaipu. No dia 22 de agosto, por exemplo, a quantidade de água que chegou à usina e ficou disponível para ser utilizada na produção de energia teve um pico de 13.313 m³/s – o equivalente a nove vezes a vazão média das Cataratas do Iguaçu, patamar que não era registrado desde dezembro do ano passado.
Vale lembrar que, em 2020, Itaipu tem registrado a melhor produtividade de sua história, ou seja, está conseguindo produzir mais energia com menos água, otimizando a matéria-prima disponível para a geração. Neste ano, o índice de produtividade chega a 1,09 megawatt médio (MW médio) por metro cúbico de água por segundo, ante 1,070 MW médio por m3/seg em 2019 – até então, o melhor desempenho registrado anualmente.
Caminho da água
Para que todo esse volume de água seja transformado em energia, o trabalho começa com a Divisão de Estudos Hidrológicos, que consegue prever a chegada da água com 10 dias de antecedência. O tempo é suficiente para que os profissionais da Divisão de Programação Energética possam estabelecer um planejamento da operação da Itaipu, ou seja, aproveitar ao máximo este acréscimo da afluência, elevando a produção da usina.
Este planejamento tem o apoio da Divisão de Operação do Sistema, que coordena pontuais alterações na programação, aproveitando as oportunidades de aumento da produção observadas em tempo real. As equipes da Divisão de Operação da Usina e Subestações, por sua vez, identificam eventuais falhas nos equipamentos, permitindo que o reparo seja programado para horários nos quais a produção não seja impactada.
Finalmente, a produção elevada e a produtividade recorde dependem do trabalho das equipes de Manutenção, que têm batido recordes em dois índices. O de disponibilidade das unidades geradoras, ou seja, o tempo em que as máquinas de Itaipu estiveram disponíveis para gerar energia, foi de 96,66% em agosto. Já o fator de indisponibilidade forçada operacional, quando é preciso fazer uma manutenção forçada e fora do planejamento, é de apenas 0,03% para este mês, até o momento.
Assessoria