O sonho de ter um bebê parecia impossível para Laís e André Philippsen. Durante cinco anos eles tentaram engravidar, e não conseguiam. Após alguns tratamentos Laís engravidou, e a emoção e a surpresa vieram em dose tripla e se chamam: Isabella, Stella e Gabriella.
As trigêmeas nasceram no dia 16 de julho, após 32 semanas de gestação, e desde então permaneceram internadas na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal e de Cuidados Intermediários do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), em Foz do Iguaçu. Mesmo pequenininhas, com aproximadamente um quilo e meio, elas já travaram diversas batalhas pela vida.
Durante pouco mais de um mês, a ansiedade e espera pela alta eram grandes, e hoje, dia 20, pode ser comemorada pela família e por todos que fazem parte da equipe multidisciplinar da unidade. “Esses dias foram os dias mais intensos e desafiadores de nossas vidas, mas também o mês mais cheio de amor e carinho”, frisou a mamãe Laís que também é farmacêutica do HMCC. “Nesse período fortalecemos nossa paciência, perseverança e fé! A felicidade de ir para casa hoje é indescritível”, comemorou.
A médica obstetra Carolina Oderich, responsável pelo parto das meninas não esconde a emoção que sentiu. “O procedimento foi um misto de emoção, felicidade e responsabilidade”. Para ela: “Participar do acompanhamento da gestação da Laís foi gratificante e desafiador. Um parto trigemelar, sendo que duas das bebês dividiam a mesma placenta, podia ocasionar alguns riscos para todas”, frisou a doutora que lembrou que as trigêmeas nasceram no meio da pandemia do novo coronavírus, o que dificultou o registro de fotos profissionais. “Mas o parto foi emocionante, ouvir o choro forte das bebês, me deu um orgulho imenso de ter participado deste momento tão especial e planejado pelo papai e pela mamãe”.
Segundo o pediatra das crianças, Dr. Origenes Capellani, a prematuridade é sempre um desafio. “Não só para manter a criança viva, mas para evitar sequelas, como neurológicas e pulmonares, por exemplo”.
O médico disse que tratar três prematuras juntas é um desafio ainda maior. “Mas precisamos comemorar a vitória. É sempre empolgante, ainda porque o desenvolvimento delas foi muito melhor que o esperado, já que não precisaram ficar entubadas, responderam bem ao tratamento, não evoluíram para infecção, o que é muito comum para os prematuros”, pontuou Dr. Capellani que disse ter sido uma satisfação ter acompanhado a evolução das filhas de uma das farmacêuticas do HMCC.
A família agradece: “Sonhamos muito com esse momento e hoje nossos corações transbordam de alegria. Quero agradecer a todos que estiveram conosco nesses dias, à toda equipe o nosso muito obrigada”, finalizou a mamãe Laís e o papai André.
Memórias para os pais
Assim que receberam alta da UTI Neonatal e foram para Unidade de Cuidados Intermediários, os papais das pequeninas receberam um presente com valor imensurável, a equipe preparou o Diário do Prematuro. “Lá contamos a história de cada prematura durante os dias que passaram com a gente na UTI”, enfatizou a enfermeira gerente da Unidade, Cassia Estabelini.
Referência em alta complexidade
O trabalho do HMCC na área da obstetrícia de alta complexidade e a UTI Neonatal possibilitam resposta imediata às demandas da 9ª Regional de Saúde — Foz do Iguaçu, Itaipulândia, Matelândia, Medianeira, Missal, Ramilândia, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu e Serranópolis do Iguaçu. O centro hospitalar realiza cerca de 400 partos por mês, e possui 10 leitos de UTI Neonatal e 14 de UCI e Mamãe Canguru. Só em 2019, 532 bebês internaram nessas unidades, e em 2020, o número de internações está em 202.
Assessoria