O Brasil receberá US$ 1 bilhão em empréstimos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O acordo foi anunciado na tarde de hoje (3) e a verba será usada no pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial e do Programa Bolsa Família.
Em nota divulgada pela instituição, o banco informa que a verba deverá “fortalecer a capacidade de resposta emergencial do país às populações vulneráveis e aos trabalhadores”. O empréstimo será dividido em dois lotes: o primeiro é destinado a programas para populações em vulnerabilidade; o segundo, para a preservação de empregos e renda formal.
Durante a primeira etapa de capitalização, o governo federal receberá US$ 400 milhões para financiar o auxílio emergencial – o que viabiliza o pagamento de 3 parcelas mensais do benefício para 1 milhão de pessoas. Mais US$ 200 milhões serão destinados ao Bolsa Família – o necessário para garantir a verba para 475 mil famílias.
Na segunda etapa, os US$ 400 milhões restantes serão aplicados no Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, capitaneado pelo Ministério da Economia. Segundo estimativas do banco, o dinheiro alcançará cerca de 1 milhão de trabalhadores, que terão o trabalho assegurado.
O estudo para o empréstimo aponta que 37 milhões de brasileiros trabalham em setores produtivos afetados pela pandemia e que a medida assegura “condições mínimas de bem-estar.”
“Os desafios trazidos pela pandemia são inéditos e ainda não sabemos até quando seus impactos vão perdurar. O BID está empenhado em ajudar o governo e os cidadãos brasileiros a atravessar essa crise e a pensar nos próximos passos para retomar o crescimento que será mais do que nunca necessário”, diz Morgan Doyle, representante do BID para o Brasil.
Prazo de pagamento
Segundo informa o banco, o Brasil terá 25 anos para pagar a dívida, com um período de carência de 5 anos e meio. Os juros serão calculados com base na Libor (London Interbank Offered Rate, na sigla em inglês), uma taxa usada em empréstimos internacionais para bancos que têm sede de operações em Londres, na Inglaterra.
Agência Brasil