A vereadora Inês Weizemann (PL) protocolou requerimento (nº 313/2020) aprovado na sessão desta terça-feira, 11 de agosto, na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu. No documento, ela pede informações e apuração dos fatos relatados pela filha de um cidadão paraguaio que reside há 40 anos no Brasil e atua há duas décadas como taxista no Paraguai. O trabalhador teria sido vítima de supostos abusos, incluindo ameaças e ofensas morais proferidas por agente de fiscalização do Foztrans no estacionamento da rodoviária. Os fatos teriam ocorrido entre 9h e 10h do último dia 5 de agosto.
Conforme a denúncia, o cidadão levou a esposa e a neta na rodoviária para comprar passagem e ficou aguardando no estacionamento quando foi abordado. Apresentou os documentos solicitados momento em que em “tom ameaçador e autoritário”, o agente questionou quem era “quem é essa gente que você está levando”. Ao responder que era a esposa e a neta, sofreu ameaças.
“Você não pode transitar na cidade com nenhum parente. Nem na rodoviária e nem na cidade. Você está me entendendo?”, teria dito o agente. O cidadão questionou: “Nem na cidade?” – onde transita há 40 anos. Ato contínuo, o servidor público teria reagido ainda com mais veemência: “Você não está entendendo o que eu estou falando, cara? Se da próxima vez eu te pegar com qualquer pessoa ou familiar que você tenha, vou levar o carro preso e você também. Eu pego você. Leve o seu carro para o pátio da sua casa e não saia nunca mais até abrir a ponte”.
Uma filha do cidadão foi quem apresentou a denúncia para a vereadora Inês Weizemann e pediu providências. A vereadora entrou com o requerimento pedindo atitude do prefeito e solicitando informações oficiais do Diretor-Superintendente do Foztrans, Fernando Maraninchi. Para ela, no incidente “um servidor do órgão fez uma abordagem arrogante e demonstrando despreparo emocional com um senhor de 67 anos de idade, imigrante, morador de Foz do Iguaçu há 40 anos. O servidor, usando de abuso de poder em relação à função que exerce, destratou e ameaçou o senhor por este ter parado com um carro de placas do Paraguai na vaga referente de 15 minutos e ficar aguardando no interior do veículo enquanto a sua esposa fazia a retirada de uma passagem no guichê da rodoviária”.
No requerimento, Inês Weizemann ainda ressalta “que o ofendido sequer utilizou os 15 minutos permitidos pela vaga e não entendeu o comportamento do servidor. Assim, solicitamos a identificação deste servidor, especificando quais condutas serão tomadas em relação ao fato ocorrido”.
Assessoria Câmara