As autoridades de saúde do Paraguai afiram que os hospitais do país não conseguirão atender a todos os casos de Covid-19 se houver um descontrole da doença e insistem que a melhor medida ainda é a prevenção e a obediência às medidas sanitárias. Sem isso, o país poderá chegar aos 4 mil mortos por Covid.
A declaração foi dada pelo médico Guilhermo Sequera, chefe da Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde do Paraguai, após a imagem de um treinamento de manejo de cadáveres por militares causar polêmica nas redes sociais.
Internautas começaram a questionar onde foi parar o dinheiro para fortalecer o sistema de saúde e dizer que o vírus não existe.
Neste final de semana, membros do Exército, Armada, Força Aérea e Comando Logístico formaram uma “companhia de manejo de cadáveres”, que segundo Sequera, é uma preparação.
“Temos como exemplo o Chile, com 18 milhões de habitantes e 10 mil mortes por Covid; o Brasil, que tem 200 milhões de habitantes e na sexta-feira passada chegou aos 100 mil mortos. Se fizermos uma regra de três simples e aplicarmos o equivalente a nosso país, podemos chegar a 3,8 mil e 4 mil mortes. Precisamos nos preocupar, sobre tudo porque ambos os países possuem um sistema de saúde potente”, disse o chefe da Vigilância em Saúde.
Sequera enfatizou ainda, que não é a quarentena que fecha o comércio, mas sim a doença. “O Brasil fechou 522 mil empresas e tem 200 milhões de habitantes. Em nosso país quantas fechariam. E não é porque foi fechado pela quarentena, mas pelo Covid. Aqui culpam a quarentena e à responsabilizam pelo fechamento da economia, mas o Covid deixa um dano ainda maior. São tempos muitos difíceis e a população deve ter consciência disseo”, desabafou.
Na última atualização do boletim epidemiológico, no sábado (8), o Ministério da Saúde do Paraguai informou que o país tem 75 mortes por Covid-19. São 6.907 casos confirmados, com 5.222 pessoas recuperadas.
Fonte: ABC Color