A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária – Infraero e o Ministério Público do Trabalho (MPT) assinaram hoje (29) um acordo de cooperação para prevenção ao tráfico de pessoas e ao trabalho em condições análogas à escravidão. A medida pretende capacitar os trabalhadores dos aeroportos a identificarem situações suspeitas, além de conscientizar passageiros por meio de avisos nas telas de horários de voos e nos espaços operados pela estatal.
De acordo com o presidente da Infraero, Hélio Paes de Barros Júnior, cerca de 85 milhões de passageiros passam anualmente pelos aeroportos da empresa e é preciso ter percepção sobre o comportamento das pessoas que transitam pelos saguões.
“É nesse sentido que nós estamos assinando esse convênio visando a realização de ações de prevenção do tráfico relativo ao trabalho escravo. Com isso, nós vamos colocar cartazes para explicação, capacitação dos nossos profissionais para que eles tenham essa percepção diferenciada”, afirmou.
Para o procurador-geral do Trabalho, Alberto Balazeiro, a Infraero e o MPT estão construindo uma história no combate ao tráfico de pessoas e ao trabalho escravo.
“O Projeto Liberdade no Ar consolida essas ações da Infraero do MPT de treinar o olhar da comunidade aeroportuária para o tráfico de pessoas e o trabalho escravo, que é uma meta institucional”, disse.
A ação faz parte do projeto Liberdade no Ar, que também tem a participação de órgãos da Organizações das Nações Unidas (ONU), da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad) e da Secretaria Nacional de Justiça, do governo federal.
Segundo o MPT, dados do Ministério da Justiça mostram que 184 brasileiros foram vítimas do tráfico de pessoas entre 2018 e 2019. Dessas, 30 eram crianças e adolescentes.
Agência Brasil