O cantor e compositor Léo Canhoto, da dupla com Robertinho, morreu na madrugada deste sábado (25/7), aos 84 anos. O músico estava internado havia três semanas com uma pneumonia e não resistiu após sofrer três paradas cardíacas.
A informação foi confirmada por Dino Santos, com quem Léo Canhoto estava tocando nos últimos dois anos. “Ele foi um revolucionário. Deixou um trabalho fenomenal. E vamos continuar levantando essa bandeira”, disse o parceiro musical do veterano.
Famosos nas décadas de 1970 e 1980, a dupla Léo Canhoto & Robertinho é conhecida por dar nova cara para a chamada música caipira, inaugurando o uso de guitarras, teclados e instrumental eletrônico no sertanejo.
Léo ganhou esse apelido pelo fato de usar a mão esquerda para tocar violão, invertendo as cordas para poder usar o instrumento musical
Léo Canhoto nasceu Leonildo Sachi, em Anhumas, região de Presidente Prudente, em 27 de abril de 1936, e fez seu nome na música sertaneja ao lado do colega Robertinho. A dupla marcou o sertanejo por usar longos cabelos, roupas extravagantes e muitas joias, relata o ‘O Correio News’. Por causa disso, receberam o apelido de “os hippies do sertanejo”. Eles também foram os primeiros do gênero a utilizar instrumentos eletrônicos, como guitarras.
Em 1969, graças ao sucesso de ‘Apartamento 37’, tornaram-se os primeiros sertanejos a ganharem um Disco de Ouro. Mas o maior sucesso da dupla foi a canção ‘Último Julgamento’. No auge da fama, a dupla estrelou o filme Chumbo Quente (1978), dirigido por Clery Cunha. O roteiro do filme foi escrito pelo próprio Léo Canhoto, conclui o jornal ‘O Correio News’.
Léo Canhoto e Robertinho se separaram em 1983, reunindo-se em algumas oportunidades nos anos 1990.
Fonte: Metrópoles/JCNET