O município está fornecendo Azitromicina para pacientes com Covid-19, desde que com prescrição médica. O medicamento ainda não tem comprovação científica de eficácia contra a doença. No entanto, com a distribuição para Covid, o antibiótico pode faltar para pacientes que usam para outras doenças. A informação é do Diretor da Secretaria de Saúde, Ricardo Lacerda.
Segundo Lacerda, o medicamento começou a ser disponibilizado a poucos dias, mas será necessário repensar. “A mais de uma semana estamos entregando Azitromicina para tratamento contra Covid. Mas vamos ter que reavaliar, porque estamos preocupados que ele falte para outras doenças” ressaltou. O estoque do medicamento era planejado para quatro meses para o uso normal.
“A gente sabe que ela trata bem as doenças sexualmente transmissíveis, e se por acaso ficar em falta essa medicação? Nós não estaremos nem ajudando na Covid-19, porque não tem comprovação científica, e vamos deixar de tratar algumas doenças que precisam desse medicamento” argumentou Lacerda.
Lacerda informou também que foram comparados números entre as cidades que utilizam protocolo de medicamentos com os de Foz. De acordo com ele, essas cidades têm taxas de letalidade maiores. “Nós pegamos os números de Itajaí, Porto Feliz, Cascavel, um município da Colômbia, todos esses municípios que instituíram esses kits estão com taxa de letalidade maior que Foz. Então não vamos mudar a nossa estratégia que está melhor do que esses lugares” afirmou. A taxa de letalidade de Foz é de 0,93%.