No domingo, 21 de junho, o Parque das Aves decidiu fechar novamente para turistas. A decisão está alinhada com o que o Parque divulgou na reabertura, que a permanência da abertura estaria condicionada à situação epidemiológica de Foz do Iguaçu, como também da região e estado.
A decisão foi tomada depois do aumento no número de casos de Covid-19 em Foz do Iguaçu e nas cidades da região. O município divulgou no domingo que haviam 454 contaminados na cidade, um aumento de 64,5% em relação à semana anterior. Várias cidades do Paraná e da região também tiveram um aumento repentino no número de casos.
“Concordamos em reabrir de acordo com a leitura constante do estado epidemiológico da cidade, região e estado. Em cima da nossa leitura atual, não é o momento para permanecermos abertos”, comenta Carmel Croukamp, diretora geral do Parque das Aves.
Os quase 100 funcionários e as mais de 1300 aves que habitam o local, são uma prioridade da instituição, que desde o começo teve protocolos de segurança sanitária rígidas e executadas com muita cautela, mesmo quando o Parque ainda não estava aberto para visitação, pois o trabalho de resgate, abrigo, conservação e cuidado com as aves nunca pode parar.
“O Parque das Aves oferece um passeio seguro para seus visitantes, e condições sanitárias primorosas para seus colaboradores, mas com o Parque aberto, muitos colaboradores que trabalham conosco tinham que deixar seus filhos com outras pessoas, entre outras situações, gerando um risco desnecessário para nossa comunidade interna, principalmente quando pensamos que nossas aves dependem de nós para sobreviver. Neste momento precisamos que cada um cuide bem de si mesmo e de sua família”, acrescenta Carmel.
Mudanças rápidas nos números
Em março, devido à gestão epidemiológica responsável da Prefeitura de Foz do Iguaçu, a Covid-19 fez avanços tímidos na cidade, que se tornou referência no combate à doença.
Com números de contágio baixos e leitos de UTI com pequena ocupação, a prefeitura foi aos poucos liberando o funcionamento das atividades econômicas, culminando com a abertura dos atrativos turísticos no dia 10 de junho, aniversário de Foz do Iguaçu.
“Quando o Parque das Aves reabriu suas portas para a visitação, a situação epidemiológica em Foz do Iguaçu e no Paraná era muito diferente. E por isso nos juntamos aos outros atrativos para oferecer à população local um alento neste momento tão difícil”, fala Carmel.
Por muitos meses, Foz do Iguaçu e o Paraná mantiveram números baixos de contaminados e ocupação de leitos em UTI. Mas a situação mudou de forma drástica.
“Pelos números e dados, fica claro que pessoas estão relaxando. Podemos montar esforços para salvar a economia, mas é importante a mensagem central estar muito nítida: retomada econômica só é possível com consciência plena da segurança comunitária da parte de cada um”, finaliza Carmel.
O Parque das Aves avaliará a data de uma possível reabertura de acordo com os dados epidemiológicos, no momento em que se sentir confortável com a diminuição no número de casos, e avaliando as condições de vida e bem-estar de seus colaboradores.
Assessoria