Neste mês de junho, mais de 67% brasileiros têm dívidas com cheque pré-datado, especial, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal ou prestação de carro. O endividamento é maior para as famílias que ganham até dez salários-mínimos, gira em torno de 68%. Já para aquelas que recebem acima de R$ 10.450 fica em quase 61%.
Essas são as principais conclusões da pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta quinta-feira (18). O índice geral de endividamento é o mais alto da história do estudo para o mês de junho.
A economista da confederação, Isis Ferreira, revela os motivos dessa elevação das dívidas dos brasileiros. “As famílias estão demandando mais crédito no sistema bancário, seja para pagar dívidas, seja para menter o consumo” diz ela. Isis acrescenta que o percentual de débitos das famílias mais pobres vem crescendo nos últimos meses. “No corte por renda, as famílias com renda menor, até 10 salários mínimos, o endividamento cresceu” ressalta.
A pequisa da Confederação Nacional do Comércio ainda revela que mais de 25% das famílias têm dívidas ou contas em atraso neste mês, sendo este o maior nível desde dezembro de 2017. Outros 11 % declaram que não têm condições de pagar as contas em atraso e que vão permanecer inadimplentes. Esse é considerado o maior índice desde novembro de 2011.
O cartão de crédito é o tipo de dívida mais comum dos brasileiros agora em junho; seguido pelos carnês e financiamento de veículos.
Fonte: Rádio Agência Nacional