O plano de reativação idealizado pela Equipe Econômica Nacional (EEN) do Governo do Paraguai descarta totalmente a abertura das fronteiras com o Brasil e a Argentina. O projeto pretende contemplar programas de transformação comercial e de trabalho. O documento depende da assinatura do presidente Mario Abdo Benitéz para ser implementado.
O ministro da Economia do Paraguai e secretário executivo do EEN, Humberto Colmán, ressaltou que devido as recomendações sanitárias, se torna inviável em pouco tempo a reabertura de fronteira, principalmente nas regiões limítrofes com o Brasil. Mas que o plano trás componentes importantes de apoio e transformação empresarial.
O documento apresentado ao executivo tem como eixos principais a renovação da infraestrutura, comércio eletrônico e abertura inteligente. A ideia da Equipe Econômica Nacional é dar uma nova cara à essas regiões comerciais para ser mais atrativas, mudando o modelo de produção e ampliando ofertas.
Está previsto ainda o uso de plataformas digitais e diminuição de impostos pagos pelas empresas em seus produtos como forma de diminuir os custos. Além de ampliar a rede de convênios comerciais com pelo Mercosul, fazendo novos acordo de dupla tributação e diversificar as exportações.
Na última semana, o ministro da Fazenda Benigno López, se reuniu com entidades empresariais da fronteira, onde analisaram algum tipo de subvenção à essa economia, mas a intensão não prosperou.
Em contrapartida, o governo pretende dar uma injeção na economia de USD 2.2 milhões, com a aceleração e obras públicas, como mobilidade, habitação, eletricidade e projetos de aliança público-privada.
Outra proposta são novas modalidades de crédito a longo prazo pelo Banco Nacional de Fomento (BNF) e a Agência Financeira de Desenvolvimento (AFD). A equipe econômica estima um endividamento de USD 400 milhões para garantir que os recursos tenham impacto na economia e revitalize os setores mais afetados pela crise.
Auxílio emergencial
O programa Pytyvõ, auxílio emergencial pago pelo governo a trabalhadores informais, dever continuar por mais seis meses. A intenção é que a partir do terceiro pagamento, o dinheiro seja entregue às empresas para que repassem a seus funcionários.
Nessa fase, o programa estará focado nos setores mais afetados pela crise de coronavírus, como comércio de serviços e gastronomia.
Fonte: Ultima Hora (PY)