Paulo Guedes, o ministro da Economia, apoiou a legalização dos cassinos em território nacional na reunião ministerial ocorrida em 22 de abril. O pronunciamento de Paulo Guedes vai de encontro ao que disse o ministro do turismo, Marcelo Álvares Antonio, que levantou a questão.
Ao longo da reunião ministerial, Guedes reforçou que a indústria de jogo deveria ser permitida como uma maneira de fortalecer o turismo em todo o país. Além disso, ele comentou que pode implementar uma série de fatores a fim de impedir que pessoas de baixa renda perdessem dinheiro nesses estabelecimentos de jogo.
Para Paulo Guedes citou como exemplo Cingapura, que está recebendo 30 milhões de turistas após a legalização dos jogos. “O problema do jogo lá nos recursos integrados. Tem problema nenhum. São bilionários, são milionários. Executivo do mundo inteiro. O turismo saiu de cinco milhões em Cingapura pra trinta milhões por ano. O Brasil recebe seis. Uma pequena cidade recebe trinta milhões de turistas” defendeu.
Ele também citou a Espanha como exemplo. “A mesma coisa aí Espanha. Espanha recebe trinta, quarenta milhões de turistas. Isso aí é uma cidade da Ásia. Macau recebe vinte e seis milhões hoje na China. Só por causa desse negócio” afirma.
Deputado Vermelho comemora
O Deputado Federal de Foz do Iguaçu Nelsi Coguetto Maria, o Vermelho, comemorou o apoio de Guedes aos Cassinos. Vermelho é presidente da Subcomissão para Legalização dos Jogos. “Depois de mais de 70 anos do decreto presidencial que extinguiu os cassinos no Brasil, eu nunca vi um momento tão favorável como esse para que os jogos voltem a ser permitidos no Brasil”, argumenta o deputado. Os cassinos foram proibidos no Brasil em 1946.
Defensor de que Foz do Iguaçu seja uma das cidades a receber cassinos, Vermelho disse em entrevista à Rádio Cultura que os jogos podem movimentar 25 bilhões de reais no país. “A ideia que ganhou força na Frente Parlamentar é a implantação de cassino no modelo de Las Vegas e Singapura, onde os cassinos funcionam anexados aos grandes centros de lazer. Esses estabelecimentos terão hotéis de luxo, bares, restaurantes, lojas, arena de espetáculos culturais, danceterias e parque temáticos” disse.
De acordo com ele, serão atrações para todos os gostos e não apenas para quem gosta de fazer apostas. “Vamos trazer turistas estrangeiros e permitir que os brasileiros que vão apostar em outros países permaneçam aqui, gastando seu dinheiro em nosso pais, gerando emprego e desenvolvimento” salienta.
Antes da pandemia da covid-19, cerca 200 mil brasileiros saiam do país todos os meses para jogar em cassinos de todo o mundo. Só para Las Vegas, vão cerca de 150 mil por ano. “O Brasil está exportando jogadores, consumo, dividendos e divisas, que poderiam permanecer aqui caso os cassinos fossem legalizados”.
Apoio no Executivo
O trabalho dos parlamentares e lideranças empresariais do setor turístico acabou sensibilizando autoridades do poder Executivo. Vermelho manteve diversas audiências com o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, e o presidente da Embratur, Gilson Machado Neto, que defendem a propostas com toda convicção.
“Nas conversas que tive com o ministro do turismo e o presidente da Embratur, ficou claro que o governo é favorável a implantação de cassinos”, diz Vermelho. “O Marcelo disse que a geração de emprego será muito grande e o Gilson afirmou ter estudos de que o número de turistas estrangeiros poderá triplicar”, acrescenta.
Fonte: GDIA/O Globo/Rádio Cultura