Foi identificada a vítima do homicídio na noite deste sábado no Jardim Claudia em Foz do Iguaçu. O homem é Joni Clever Acosta, 45 anos. Ele foi morto dentro da própria residência com vários disparos de arma de fogo. A esposa também foi ferida com o tiro na perna e foi encaminhada ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck.
Segundo a polícia, a esposa informou que o crime ocorreu após uma discussão com o vizinho devido ao som alto. Ela comemorava, ao lado do marido, o aniversário de 44 anos, e estavam fazendo um churrasco. Após a discussão, o vizinho teria entrado na residência e efetuado os disparos.
Na residência foram encontradas duas armas. Uma pistola e uma carabina calibre 22. As armas estavam dentro de um veículo. Segundo o delegado Dr. Francisco Sampaio, havia marcas de sangue até o carro onde as armas foram encontradas. O delegado informou que outras provas foram colhidas no local, inclusive um DVR (dispositivo eletrônico que grava vídeo em formato digital), que pode ter registrado a ocorrência.
Passagem pela polícia
Jony Clever Acosta tem várias passagens pela polícia, entre elas sequestro e assalto à carro forte. Para o delegado, não há, por enquanto, evidências que o assassinato tenha ligação com crimes anteriores, mas pode ser uma linha de investigação a ser analisada. Por enquanto, a principal linha de investigação será a que foi apresentada pela esposa, de briga entre vizinhos.
Principais crimes
No ano de 2002, na avenida Brasil, em frente ao Banco Bradesco, um grupo fortemente armado, coordenados por Joni, promoveu um assalto a um carro forte dando início a tiroteio que ocasionou a morte de um vigilante e ferimentos em várias pessoas. Em ato contínuo, o bando conseguiu deixar o local em uma camioneta levando um malote com aproximadamente R$ 260 mil. (Relembre esse fato publicado na Folha de Londrina clicando aqui)
Em outubro de 2006 a quadrilha de ‘Joni’ realizou seu primeiro sequestro, outro em fevereiro e mais um em março de 2007, todos em Foz do Iguaçu. Em todos estes sequestros, o Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especiais), de Curitiba, trabalhou e todas as vítimas foram libertadas em segurança. A especialidade da quadrilha era sequestro de autoridades políticas e empresariais da cidade. O grupo também era especializado em assaltos a ônibus de turistas na região.
Sequestro de 2007
A quadrilha sequestrou em maio de 2007 uma menina de 9 anos de idade. Ela foi libertada no Paraguai após uma semana sequestrada. Relembre o caso na matéria publicada pela Folha de São Paulo:
Após quase uma semana em cativeiro, a menina K. A. 9, foi libertada ontem pela polícia na cidade paraguaia Presidente Franco, que faz fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná.
Ela é filha de P. A. A., que tem nacionalidade brasileira e é dono de uma das lojas de artigos eletrônicos mais importantes de Ciudad del Este. O empresário havia sido sequestrado com a filha, na noite de terça-feira da semana passada, em Foz do Iguaçu, mas foi libertado para que juntasse o dinheiro do resgate. O grupo exigia US$ 1 milhão.
Três homens que participavam do crime foram presos pela polícia, que chegou ao local seguindo as pistas de um depoimento do ex-policial José Gonzáles, detido na Argentina sob acusação de integrar um grupo de seqüestradores que opera no leste do Paraguai.
Folha de São Paulo (Nomes foram censurados para preservar às vítimas)