O Setor de Combate a Incêndio (SCI) e a Assessoria de Segurança do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) criaram o Protocolo de Emergência para Acionamento de Brigada Penitenciária. Com previsão de ser implementado em todas as unidades prisionais até o fim deste ano, o documento descreve como devem ser as ações de cada um dos setores em casos de emergência.
“O Departamento Penitenciário nunca contou com uma brigada de incêndio. Nós a criamos e fizemos o treinamento em todas as unidades, de forma unificada. Houve ainda a padronização das ações de combate a incêndio, para que tenhamos pessoal preparado, se vier ocorrer uma emergência assim”, afirmou o diretor geral do Depen, Francisco Alberto Caricati.
A Penitenciária Estadual em Francisco Beltrão, no Sudoeste, foi a primeira a implementar o projeto. “Esse procedimento foi desenvolvido para assegurar a prevenção ao combate ao incêndio em unidades prisionais do Estado, seguindo um protocolo de ações técnicas direcionadas a este fim. O padrão estabelecido deverá ser seguido em todas as unidades prisionais do Paraná, destacou o assessor de Segurança do Depen, Josielson Fabrício.
PROTOCOLO
O acionamento da brigada de incêndio segue um protocolo geral que inclui, entre outros procedimentos, alertas sonoros, planejamento de escalas e divisão de funções, gestão de segurança e ativamento dos sistemas já existentes de combate a incêndio, como bombas, rede de hidrantes e extintores.
“O intuito do procedimento é padronizar o atendimento a tais situações e, desta forma, dar mais segurança a servidores e detentos, já que os procedimentos envolvem o combate ao incêndio e, também, o abandono dos locais e atendimento a feridos”, explicou o chefe do Setor de Combate a Incêndio (SCI), Alessandro Cidade.
Ele esclareceu que o treinamento se faz necessário para evitar danos irreparáveis às vidas envolvidas e, também, em segundo plano, às estruturas dos prédios. “A partir do momento em que o a gente souber do fogo, ele vai saber que precisa ligar para o Corpo de Bombeiros, acionar a direção da unidade, informar a inspetoria, que vai exercer o seu papel no protocolo, assim como os brigadistas penitenciários”, destacou.
O protocolo estabelece quatro passos básicos para que a emergência seja atendida de forma correta. “O plano é um norte para que não haja nenhum tipo de ingerência ou mesmo confusão generalizada, já que existe um escalonamento de funções e ações”, explicou Alessandro. “Com isso, independente de onde o servidor estiver atuando, ele vai saber exatamente como é o procedimento adotado, já que o programa a ser desempenhado será único”, completou.
IMPLEMENTAÇÃO
De acordo com ele, o programa de implementações prioriza as penitenciárias e casas de custódia. “Após isso, o protocolo também será disposto às cadeias públicas de gestão plena do Depen”, disse Alessandro Cidade.
O chefe do SCI acrescentou ainda que o processo de ter uma equipe capacitada e estruturada, com materiais e recursos de combate a incêndio, envolveu diversas etapas, desde a conscientização quanto à necessidade, passando por diversas reuniões com todos os envolvidos e visitas a cada uma das unidades para vistorias, até a implementação do sistema para cumprimento de todas as medidas.
A primeira unidade a aderir ao protocolo foi a Penitenciária Estadual de Francisco Beltrão. De acordo com o coordenador da região, Antonio Marcos Camargo de Andrade, há uma preocupação constante em manter os servidores atualizados e a unidade segura, em todos os sentidos.
“Há treinamento contínuo dos nossos agentes. Buscamos ser sempre parceiros no que surge de curso e de inovações. Poucos foram os casos de incêndio nos presídios, mas precisamos estar preparados e ter profissionais devidamente habilitados, caso surja alguma demanda”, destacou.
AGENTES BRIGADISTAS
Em todo o Estado, o curso de brigadistas penitenciários, promovido pelo Setor de Combate a Incêndio e pela Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), já capacitou 994 agentes. Durante o curso eles aprenderam a operar equipamentos, identificar produtos perigosos e a reconhecer seus riscos, além de prestar os primeiros socorros.
VISTORIAS – No ano passado, as penitenciárias e cadeias públicas do Depen passaram por vistorias nos sistemas de prevenção e combate a incêndio, executando, por exemplo, o acionamento das bombas centrífugas e expedição por gravidade em sistemas de cisternas elevadas nos hidrantes.
AEN