O governo federal autorizou a contratação temporária de 5.158 profissionais de saúde para atuarem no combate ao novo coronavírus. Os profissionais serão distribuídos nas cidades de acordo com critérios do Ministério da Saúde e devem ser contratados por, no máximo, 6 meses.
A medida foi publicada em portaria nesta terça-feira (26) no Diário Oficial da União. Serão 192 médicos intensivistas, aqueles especialistas em UTIs, além de 100 enfermeiros e 60 fisioterapeutas também intensivistas, para trabalharem nas Unidades de Terapia Intensiva com os pacientes mais graves.
A portaria autoriza ainda a contratação temporária de outros 606 médicos de unidade aberta e outros 18 médicos para Unidades Básicas de Saúde. Está prevista ainda a contratação de 698 Enfermeiros e 684 fisioterapeutas não intensivistas.
A portaria ainda determina a contratação de 2.259 técnicos de enfermagem; 101 técnicos de laboratórios, além de profissionais de nutrição, farmacêuticos, biomédicos, fonoaudiólogos e psicólogos.
A remuneração não pode ser superior ao valor pago aos cargos do serviço público que desempenhem função semelhante. Segundo a portaria, a contratação temporária visa a substituição de servidores e será custeada pelos créditos extraordinários abertos por Medida Provisória.
A pandemia tem afastado profissionais de saúde do serviço. O Conselho Federal de Enfermagem contabiliza mais de 16 mil profissionais, entre técnicos, auxiliares e enfermeiros, afastados por suspeita ou confirmação de contaminação pelo coronavírus. E 123 morreram em decorrência da Covid-19.
Já o Conselho Federal de Medicina criou um canal para denúncias de más condições de trabalho durante a pandemia.
Foram registradas mais de 2,3 mil reclamações de falta de pessoal nos hospitais, principalmente equipes de enfermagem; mas também falta de médicos, equipes de limpeza e fisioterapeutas.
Fonte: Rádio Agência Nacional