A Vila A será o primeiro bairro do Brasil a ter tecnologias voltadas a tornar as cidades inteligentes testadas e demonstradas, com o objetivo de promover melhorias em áreas como segurança pública e mobilidade urbana. O projeto integra um protocolo de intenções assinado entre o Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR) e a Prefeitura de Foz do Iguaçu, na manhã, desta quarta-feira, 20.
A transformação da Vila A é uma das ações previstas no protocolo, que prevê também a facilitação da instalação de empresas de base tecnológica no município, a integração do Parque Tecnológico com o Centro Municipal de Inovação, além de atendimentos pedagógicos para alunos da rede municipal.
O Programa Vila A Inteligente é uma iniciativa do Parque Tecnológico em conjunto com a Itaipu Binacional e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). O projeto estende ao bairro as soluções implementadas no Laboratório Vivo de Cidades Inteligentes do Parque Tecnológico com o apoio da ABDI, e onde concentram-se tecnologias como, por exemplo, as luminárias inteligentes com reconhecimento facial e o monitoramento por drones.
Também poderão ser instaladas novas tecnologias, por meio da parceria com empresas e startups que tiverem interesse em validar seus produtos.
A escolha da Vila A como ambiente de demonstração se deve a algumas características específicas do bairro, como possuir uma associação de moradores, que reúne dados relacionados à segurança; equipamentos públicos de lazer, como o Gramadão; e uma infraestrutura, que envolve conectividade – fibra ótica – e equipamentos públicos, necessária para a realização do projeto-piloto.
Também foram determinantes para a escolha do bairro a proximidade com o Parque Tecnológico, onde está o Laboratório de Cidades Inteligentes, e os investimentos programados por Itaipu para a Vila A, como a revitalização do Gramadão, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti que é referência nacional, a construção do Mercado Municipal e a criação de um circuito turístico que contempla pontos históricos da criação da usina, como as vilas construídas para abrigar os trabalhadores da usina de Itaipu na época de sua construção.
Para dar início à implementação, é necessária uma regulamentação específica para transformar a Vila A em um ambiente de testes e demonstrações de tecnologias, já prevista no protocolo assinado nesta quarta-feira.
A partir de então, serão definidas as estratégias de implementação do Programa, que deve ser feito por fases, conforme a definição das áreas prioritárias e que possuam a infraestrutura lógica necessária para a instalação das tecnologias.
Além de tornar a Vila A uma área demonstrativa de cidade inteligente, o que, conforme o conceito da ABDI, proporcionará aos moradores melhoria da qualidade vida, por meio da inclusão e participação social; a iniciativa também pretende fomentar a indústria nacional, ao atrair empresas interessadas em validar suas soluções. A intenção é que a Vila A seja apenas o início, e o que projeto sirva como modelo para outros bairros e municípios.
“O Parque Tecnológico tem o propósito de disponibilizar à sociedade tecnologias que proporcionem uma melhor qualidade de vida aos cidadãos. Essa é a base deste projeto, que visa também incentivar o empreendedorismo, com a possibilidade da testagem e validação de inovações”, afirma o diretor superintendente do PTI, general Eduardo Garrido.
De acordo com o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, a parceria vai permitir que o Parque Tecnológico contribua com o processo de aceleração do desenvolvimento da cidade por meio do seu potencial humano, tecnológico e visão estratégica. “Esse protocolo vem concretizar ações para fomentar o desenvolvimento tecnológico e da inovação em Foz do Iguaçu”, afirma.
Atração de empresas
A parceria entre o PTI e a Prefeitura também prevê um espaço no Distrito Industrial de Foz do Iguaçu para empresas de base tecnológica, que converge com a intenção do Programa Acelera Foz, lançado na última semana, de atrair empreendedores para a cidade. O objetivo é oferecer aos empresários condições diferenciadas para instalação.
O protocolo possibilita ainda a atuação do Parque Tecnológico junto com a Prefeitura na implementação do Centro Municipal de Inovação, que vai abrigar startups.
Atividades Pedagógicas
Outro trabalho que será desenvolvido entre o Parque Tecnológico e a Prefeitura de Foz é na área da educação. O PTI vai ofertar aos alunos da rede pública municipal atendimentos pedagógicos em temas como tecnologia, inovação e empreendedorismo.
Assessoria