Dezenas de manifestantes se reuniram na Vila Portes e realizaram uma carreata na manhã desta quarta-feira, 20, em Foz. O objetivo é pedir a reabertura das fronteiras com Paraguai e Argentina. A carreata, com aproximadamente cem veículos, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal, entre motos e carros, saiu da Vila Portes e seguiu pela BR 277 até o viaduto da Avenida JK. Em seguida retornou à Aduana. Não houve bloqueios de trânsito durante a manifestação.
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O empresário Arif Osmann, um dos organizadores do protesto, disse que a manifestação é pela reativação da economia. “Nós precisamos dos postos de trabalho, no dia 25 o governo brasileiro libera a fronteira, mas o Paraguai não se manifestou” ressaltou. “A gente sabe que eles têm problema na estrutura de saúde, mas que faça um controle na fronteira, e deixe nós voltarmos para os nossos postos de trabalho” cobrou.
Para Arif, a fronteira está fechada apenas para os comerciantes, pois outras categorias estão passando pela ponte. “Os caminhões, carretas, vans, veículos oficiais, continuam atravessando, isso não é fronteira fechada, está fechada só para os comerciantes, os que dependem dessa fronteira” argumentou.
Segundo Arif, os manifestantes esperam que o protesto chame a atenção dos Governos do Brasil, Argentina e Paraguai. “A intenção do protesto é chamar a atenção dos três governos, aqui nunca existiu o lado de cá da fronteira e o lado de lá, aqui funciona como um todo, todo mundo trabalha para que o turismo se desenvolva na região inteira e nesse momento estamos impedindo de trabalhar” salientou. “Queremos que esse movimento chame a atenção e que os governos se sensibilizem e reativem nossa economia” concluiu.
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Paraguai e Argentina
A princípio argentinos e paraguaios tentaram se mobilizar e chegaram a anunciar que fariam manifestações em conjunto. No entanto, não houve adesão suficiente, nem no Paraguai, nem na Argentina. No lado paraguaio da fronteira, um forte aparato policial foi montado para impedir qualquer tipo de manifestação.
Já na Argentina, empresários ouvidos pela Rádio Cultura informaram que temem sofrerem retaliação por parte do governo municipal, e, por esse motivo, decidiram não se manifestar por enquanto, mas ainda pretendem se manifestar nos próximos dias.