A Ponte Internacional da Amizade completa nesta segunda-feira, 18, dois meses fechada. A medida, anunciada primeiro pelo Paraguai, e em seguida pelo Brasil, foi tomada para conter a transmissão da Covid-19. Desde o dia 18 de março está permitido apenas o tráfego de cargas na Ponte. O Paraguai restringe a entrada inclusive dos próprios cidadãos, que enfrentam dificuldade para regressar ao país.
Até o momento não há previsão de reabertura, pelo menos pelo lado paraguaio. O Governo do Paraguai já reiterou em várias ocasiões que devido ao grande número de casos de Covid-19 no Brasil não vê segurança para planejar a reabertura da Ponte. “Nem passa pela cabeça” afirmou o presidente Mario Abdo Benítez em entrevista para a imprensa há duas semanas.
Em Ciudad del Este, empresários têm pressionado o governo para a reabertura e apresentaram um plano que garantiria a segurança sanitária para a liberação. No entanto, até o momento não houve acordo. No lado brasileiro, a última portaria publicada mantém o fechamento até o fim de maio.
No período que esteve fechada, muita gente se arriscou para chegar no outro lado da fronteira. Houve vários flagrantes de tentativas ilegais de cruzar a fronteira. Alguns tentaram entrar escondidos em caminhões, outros tentaram a passagem por barcos improvisados no Rio Paraná, além de ter tentativas feitas a nado.
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A imprensa paraguaia também denunciou que empresários residentes no Brasil, com lojas no Paraguai, pagaram propina a Armada paraguaia para atravessar a ponte ou ter facilidade para entrar no país por meio de barcos. A denúncia fez com que o presidente Mario Abdo Benítez anunciasse medidas mais duras de fiscalização e militarizou a fronteira.
No entanto, mesmo o fechamento total da fronteira, e a ampliação da fiscalização, não impediram que crimes como o contrabando e o tráfico de drogas continuem ocorrendo na região. As forças policiais que atuam na região realizam prisões e apreensões todos os dias, sem trégua durante os dois meses.