Todo cidadão tem direito à retornar ao seu país, diz assessor da presidência do Paraguai

Capacidade dos albergues habilitados para quarentena está no limite

Centenas de paraguaios retornam ao país diariamente após terem perdido o emprego em outros países, a maioria vindos do Brasil e Argentina. O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência do Paraguai, Federico González, mostrou preocupação com a volta desses compatriotas que podem estar infectados pela Covid-19.

Pelo menos 12 ônibus estariam vindo da Argentina nesta quarta-feira (6), a maioria de Buenos Aires, e não existem mais vagas nos albergues de quarentena montados na região de Assunção. González ressalta que mesmo com o risco que esses viajantes oferecem à população local, não há como impedi-los que voltem às suas casas.

Nesta quarta-feira mais ônibus chegaram à Foz do Iguaçu, onde pelo menos 1,7 mil paraguaios passaram para retornar ao país desde o início da pandemia.

“Não temos local onde abrigá-los. Então, se chegarem, precisarão ir a seus lares e isso representa um risco muito grande”, ressaltou o assessor em entrevista à Rádio 1000 AM, de Assunção.

González informou que as autoridades sanitárias estão em permanente negociações com os responsáveis departamentais e distritais para encontrar refúgio a esses paraguaios que chegam do exterior.

Atualmente existem 47 albergues, com 2.9 mil pessoas cumprindo quarentena. Caso algum dos abrigados de positivo para Covid-19, o grupo precisa cumprir mais 14 dias de isolamento, como forma de evitar a propagação do vírus.

Até o momento, a maioria dos paraguaios que retornaram passaram pela Ponte Internacional da Amizade e cumprem a quarentena na região de Cidade do Leste, onde foram habilitados o maior número de albergues.

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