Comerciantes e autoridades de Cidade do Leste se reuniram na terça-feira (5) com os ministros do Interior, da Saúde e da Indústria e Comércio do Paraguai para discutir a crise econômica na fronteira provocada pela pandemia do novo coronavírus. A proposta é impulsionar mecanismos para reativar o setor comercial.
O prefeito Miguel Prieto, de Cidade do Leste, pediu a reabertura da fronteira com o Brasil, sendo que a atual medida impede o livre comércio, a principal fonte de renda da comunidade local. Prieto defendeu que com a falta de medidas estratégicas a crise será agravada, aumentando a insegurança. “Se as pessoas não morreram de coronavírus, irão morrer de fome. Pessoas que nunca cometeram crimes sentirão a necessidade de fazer e não culpo o governo, ninguém estava preparado para isso”, desabafou, ressaltando que Cidade do Leste é a cidade mais afetada no país.
O presidente da Câmara de Comércios e Serviços, Juan Vicente Ramirez, propôs uma “abertura inteligente da fronteira”, com teste rápidos aos visitantes. Os comerciantes se ofereceram para doar os insumos para a implantação das medidas sanitárias. Foi proposto uma delimitação do espaço entre Cidade do Leste e Foz do Iguaçu para o intercâmbio comercial.
A proposta dos empresários é realizar pelo menos 100 testes por dia para quem entra na cidade pela Ponte da Amizade para realizar compras. “Podemos conversar com nosso pares de Foz do Iguaçu, que também estão muito interessados na reabertura desta fronteira e devem fazer sua parte”, disse Ramirez.
Os empresários salientaram que a situação já está insustentável, com perdas milionárias e alto índice de desemprego. Eles afiram estarem dispostos a negociar e manter um canal aberto com o governo nacional.
O ministro Interior Euclides Acevedo, incentivou as autoridades departamentais, governador e prefeitos a criarem um canal direto de trabalho a solução dos problemas de maneira mais rápida. “Este mal vai continuar durante muito tempo e precisamos estar unidos”