O Visit Iguassu produziu, no ano de 2019, uma série de vídeos apontando esse tema, principalmente para demonstrar àqueles que ainda não compreendiam, como o turismo é uma atividade importante para a economia da região. Hoje, com a pandemia, infelizmente, esse ensinamento será mais duro, pois, o setor foi o primeiro a ser atingido e aparenta ser o último a retomar à normalidade. Com efeitos já sentidos em praticamente todos os demais segmentos.
Nossa cidade é dependente do turismo. Grande parte da população vive exclusivamente da atividade. Já os demais, são indiretamente beneficiados com a renda aqui deixada pelo visitante. É evidente perceber que mercearias, oficinas mecânicas, farmácias ou qualquer outro estabelecimento comercial, não possuem o mesmo fluxo de negócios sem o visitante, pois parte de sua clientela desaparece, já que é da atividade turística que seus clientes dependem.
Tudo que envolve o turismo está fechado. Empresas sucumbem diante da estagnação de seus ganhos e sem uma projeção futura de retomada. São empresas diretamente envolvidas com o setor, mas não é uma exclusividade do turismo. Para ser mais claro, sem o dinheiro do turista circulando, todos sentiremos. Digo isso para que entendam, se moram em Foz do Iguaçu, que o turismo faz parte de nossas vidas.
É uma atividade que deve ser tratada com muito cuidado e respeito. À frente do Visit Iguassu, em nome dos empresários do setor, merecemos esse respeito. Nossa cadeia produtiva precisa ser levada a sério e um plano de retomada deve ser colocado em prática o mais breve possível.
Nossa entidade vem pleiteando a definição dos protocolos para contenção do contágio na retomada da atividade turística. Pedimos aos órgãos municipais que juntem forças com a iniciativa privada, investindo em campanhas de turismo para atração de visitantes de curtas e médias distâncias. Fazendo com que o turismo volte a gerar emprego e renda, dando dignidade a nossa população.
É importante, também, que o município abra os olhos para o pequeno empresário. Que promova campanhas para incentivar a compra em pequenos comércios, dando fôlego a esses comerciantes. Fôlego que também pode vir através de uma flexibilização e apoio com relação ao pagamento de impostos municipais, com a redução do ISS. E, para o fomento do turismo regional, pleitear ao Estado a redução significativa das taxas de pedágios, ou seja, implantar de fato uma real política de incentivo.
Na última semana tivemos a promessa de um plano de retomada. Com a futura criação de protocolos individuais, para cada atividade do setor. O que permitirá ao novo visitante uma segurança efetiva quando voltar a circular pela cidade. Como entidade que representa uma gama considerável de empresas ligadas ao setor, contamos com essas ações, mas esperamos que isso seja visto como imprescindível. Que a morosidade costumeira da atividade pública seja deixada de lado, pois o setor privado não tem o mesmo “tempo” do poder público.
A iniciativa privada está acompanhando a movimentação de mercado, onde companhias aéreas já anunciaram a retomada de voos para o mês de maio. Se demorarmos para termos uma data para iniciar a retomada, corremos sérios riscos de perdermos linhas de conexões aéreas por muito tempo. Queremos sim uma retomada consciente, somos responsáveis pela nossa vida e corresponsáveis pela vida de todos. Temos pressa e precisamos de ações hoje. Amanhã, para muitos, pode ser tarde demais.