Mesmo com a fronteira fechada, empresários que moram em Foz do Iguaçu, e mantêm negócios no Paraguai, estão conseguindo passar a fronteira. Para isso, eles pagam propina para agentes da Armada paraguaia, que facilitam a entrada deles no país. A denúncia foi feita pelo Jornal Paraguaio Ahora CDE.
De acordo com o jornal, existem duas formas de entrada ilegal no Paraguai. Uma pela própria Ponte da Amizade e a outra por barcos no Rio Paraná. O custo para cada uma delas é diferente. Pelo Rio, é necessário desembolsar 600 reais por passagem, sendo 300 para o barqueiro e 300 para os agentes. Até oito pessoas passam em um barco. Para cruzar pela Ponte, o custo pode chegar a 2 mil reais.
Ainda segundo o jornal, várias lojas ainda estão funcionando em Ciudad del Este, mesmo com a lei de quarentena. No entanto, as lojas estão com as portas fechadas e só é possível entrar com autorização da segurança. “Para quem tem dinheiro, a fronteira não está fechada. Somente está fechada para os paraguaios que são obrigados a acampar sobre a Ponte da Amizade e esperar dias e dias para poder entrar no país” acusa o Jornal.
O Paraguai mantém as fronteiras fechadas desde o dia 18 de março para estrangeiros. Desde o dia 30 de março há restrições impostas até aos próprios cidadãos do país. Cerca de 2 mil paraguaios já passaram pela Ponte da Amizade, retornando principalmente de São Paulo. Sem autorização para entrada em massa, alguns ficaram quase uma semana acampados na Ponte aguardando autorização para voltar ao país.
Fonte: AhoraCDE