Uma mulher e seus cinco filhos esperam em Foz do Iguaçu a autorização do setor de Migrações do Paraguai para voltar ao país com o corpo do marido de 56 anos, morto de câncer no dia 31 de março, em São Paulo.
O consulado paraguaio acompanha o caso da esposa, de 42 anos, que desde julho de 2019 acompanhou o tratamento do marido diagnosticado com tumor maligno. O paciente já lutava contra uma leucemia, quando a família decidiu continuar o tratamento em São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia e sessões de quimioterapia e radioterapia.
Em fevereiro, a família voltou ao Paraguai, mas com a complicação no quadro de saúde resolveram levar o homem novamente a São Paulo, em 10 de março para a realização de exames. A família é da cidade paraguaia de Villarica, à 218 quilômetros da fronteira.
Após a morte do marido, a esposa e filhos transladaram o corpo até a fronteira, mas devido ao fechamento da aduana paraguaia devido a pandemia do novo coronavírus, foram impedidos de retornar ao próprio país. A família e o corpo estão em Foz do Iguaçu à espera de uma decisão das autoridades migratórias do país vizinho.
Segundo a esposa contou ao jornal paraguaio ABC Color, o corpo está em uma funerária em Foz e o prazo para a retirada termina dia 3 de maio, quando completa um mês da chegada até a cidade.
Na última sexta-feira (24), em contato com o consulado do Paraguai em Foz do Iguaçu, a mulher foi informada que ela e o corpo do marido podem retornar ao país de origem, porém, os filhos menores não podem ficar no Brasil, entre eles dois asmáticos. O Consulado enviou um comunicado às autoridades do lado paraguaio da fronteira para que encontrem uma solução para o caso.
A esposa disse que poderá cumprir a quarentena após voltar ao Paraguai, mas que não há condições de levar os filhos e o corpo para a Ponte da Amizade à espera da abertura do portão de entrada ao país.
Uma reunião no consulado paraguaio foi marcada para esta segunda-feira (27).