A vazão do Rio Paraná passa por um déficit hídrico histórico em sua bacia nos últimos meses e está ameaçando o transporte de cargas feito por Embarcações. Esse tipo de transporte é muito utilizado pelo Paraguai, que já está sendo afetado pelo baixo nível do Rio. Para discutir soluções, representantes de Brasil e do Paraguai se reuniram na sexta-feira, 24.
Na reunião, foram avaliadas medidas para obter 12.000 metros cúbicos por segundo, durante 6 dias de afluxo, que permitiriam ao rio Paraná atingir uma altura de 1,20 a 1,40 metros. A medida seria tomada na jusante da barragem de Yacyretá (hidrômetro de Ituzaingó) que oferece uma janela de saída para produtos, informou a Chancelaria paraguaia.
Também foram avaliadas as projeções meteorológicas para a bacia do Paraná nos meses seguintes, bem como os níveis de precipitação, variabilidade hidrológica, capacidade de resposta do sistema regulador e outras questões.
A ênfase foi colocada em afetar o comércio exterior, particularmente a cadeia produtiva e logística, bem como a cadeia de pagamentos, com base na importância dos departamentos do Alto Paraná, Itapúa e Misiones como polos agrícolas.
Até o momento, aguardam para serem transportadas, 200 mil toneladas de produtos carregados em 10 comboios de barcaças no valor de 60 milhões de dólares no Rio Paraná. Também está pendente uma exportação de 75 mil toneladas de arroz (com alto impacto no setor produtivo), que representa cerca de 20 milhões, acrescentou o Ministério das Relações Exteriores.
A delegação paraguaia foi liderada por Didier Olmedo, vice-ministro de Relações Econômicas e Integração, acompanhado por representantes da Diretoria de Meteorologia e Hidrologia, Administração Nacional de Navegação e Portos, Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Entidade Binacional Yacyretá, Itaipú Binacional e o representante da delegação nacional à Comissão Mista Paraguai-Argentina do rio Paraná.
Fonte: Agência IP