O pioneiro iguaçuense Irineu Basso faleceu nesta sexta-feira (17), em decorrência da falência múltipla dos órgãos. Além de Lígia, Irineu deixou mais três filhos: Rosan, Rogério e Júnior. Irineu Basso tinha 78 anos de idade e é parte da história de Foz do Iguaçu, onde dedicou a sua vida e construiu sua família.
“É com imensa dor e tristeza que informamos o falecimento do nosso amado pai, avô e bisavô, Irineu Basso”, escreveu a filha, Lígia Basso em uma rede social. “Nossa família compreende o não comparecimento de seus amigos na cerimônia onde ele será velado, devido à quarentena de isolamento social para a contenção da pandemia do novo coronavírus.
Além de Lígia, Irineu deixou mais três filhos: Rosan, Rogério e Júnior. O velório começa às 18h, na Loja Maçônica Manoel Ribas.
Biografia
Irineu Basso é filho caçula de Pedro e Assumpta Basso, que também foram pioneiros de Foz, onde chegaram em 1934. Irineu nasceu em Foz do Iguaçu, em 1942. Cresceu ouvindo clássicos do cinema, pois os pais, italianos, construíram o primeiro cinema da cidade, o Cine Star.
Mas a grande paixão de Irineu Basso foi o futebol. Palmeirense de coração, ao lado de seu pai, fez uma ideia virar realidade, a construção do estádio Pedro Basso, onde dedicou boa parte de vida. Os amores de Irineu Basso eram a família e o Flamengo, de Foz do Iguaçu.
Também gostava de fotografar. A arte ele adquiriu de seu padrinho fotógrafo e nunca mais parou com os cliques e cuidados com a memória da família e da cidade. Tinha, em casa, um pequeno museu com objetos que pertenceram aos pais e ao Bar Antártica e ao armazém Casa Novidade, comércios da família pioneira, construídos na Avenida Brasil
Homenagem
A jornalista Cris Loose, amiga da família, prestou uma homenagem ao pioneiro, reproduzida na íntegra abaixo:
“O “indomável” descansou. Foi almoçar com os velhos amigos em outro plano. Tomara que tenha a “parmeggiana” que ele tanto gostava por lá.
Seu Irineu Basso e tudo e todos que envolvem a figura dele são os melhores presentes que a vida me deu. Costumo dizer que foi a herança que meu velho me deixou.
Seu Irineu falava do meu pai, dos meus tios… o “indomável” falava de todo mundo. E comia bem. Não sabia cozinhar nadica, mas tinha que ficar vistoriando as panelas dos outros. Sabia dos melhores lugares para comer (…. poutzzz… era como ele elogiava) e reclamava de um outro tanto.
Reclamava quando a gente não ia visitá-lo, inventava desculpas para ir de lá pra cá, e quando ficava de saco cheio, ia para casa ou mandava todos pra casa.
Seu Irineu, não vamos mais encontrar aquele bilhete escrito “Já volto” na varanda da sua casa. Mas vamos continuar falando e lembrando do senhor, seja na Boca-Foz Irineu Basso, seja nos almoços ou nos nossos encontros.
Descanse, “Indomável”. Fique em paz. Obrigada por ter feito parte da nossa história história e das nossas vidas.
Beijo, véio!
Pra todos nós que já estamos com saudades, força! Lígia Basso, Rosan Basso, Irineu Basso, Rogério… força! Estamos longe, mas estamos todos com vocês.
Com informações do Não Viu e jornalista Isabelli Ferrari