O decreto da prefeitura de Foz do Iguaçu que torna obrigatório o uso de máscaras em locais públicos e estabelecimentos comerciais reforça a necessidade de colaboração dos moradores, para evitar a disseminação do coronavírus na cidade. Diante desse quadro, integrantes da UNILA têm realizado gestos de solidariedade por meio da confecção e doação de máscaras caseiras.
Entre eles está o estudante angolano da UNILA, Afonso José Dala, discente do curso de Administração Pública e Políticas Públicas e também conhecido pela sua atuação no atletismo. Os estudos e os treinos – que chegavam a 15 km diários – foram suspensos temporariamente por conta do isolamento social. O empenho, no momento, tem sido na produção de máscaras para doar a quem não tem recursos para adquiri-las.
“O pouco que temos podemos compartilhar. Para mim, esse gesto significa amor ao próximo e ajuda a quem precisa, assim como o Brasil me deu a ajuda e a oportunidade de estudar e permanecer na UNILA”, diz o acadêmico. A inspiração, conta Afonso, vem da movimentação da Universidade para contribuir com a população de Foz do Iguaçu neste momento de pandemia.
Esse gesto de doação se repete pela estudante de Antropologia da UNILA Maria Aparecida Dias, de 66 anos. Junto das filhas, já confeccionou cerca de 400 máscaras feitas de tecido, para serem distribuídas no posto de saúde do bairro Cidade Nova e também para pessoas que as solicitarem. Maria Aparecida e as filhas também realizam troca de máscaras por alimentos, os quais serão doados para a população de Foz do Iguaçu neste momento de pandemia.
A solidariedade também move muitas ações realizadas pela designer da UNILA Franciani Pires. Ela integra diversas ações sociais em Foz do Iguaçu e, neste momento, juntou-se a moradores vizinhos para confeccionar máscaras caseiras. A produção já alcançou 120 máscaras, que serão doadas para instituições de Foz do Iguaçu, como o Lar dos Velhinhos e o Banco de Leite da cidade.
Uma ação que, para Franciani, parte de um desejo de ajudar o próximo. “É também uma forma de manter a sanidade, elevar o pensamento. Ajudar o outro é uma via de mão dupla, porque também nos faz sentir bem. E essa doação é uma forma palpável de se sentir útil”, diz.
Assessoria