O setor de passaportes da Polícia Federal, em conjunto com policiais do SO/ NUMIG, identificou recentemente uma fraude para tentar obter o passaporte brasileiro, por meio de naturalização provisória.
De acordo com a PF, sírios residentes nos Emirados Árabes, informavam endereços falsos para confirmar a residência no Brasil e, em seguida, solicitar a naturalização.
Houve casos muito semelhantes registrados em Cruzeiro do Sul (AC), São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Dionísio Cerqueira (SC), que levaram a PF a suspeitar de que se trata de um único esquema de fraude. Algumas tentativas de naturalização foram feitas em várias unidades da Polícia Federal e levantaram suspeitas.
De acordo com a PF, policiais do setor de Migração, que atuam no atendimento dos pedidos de passaporte, desconfiaram do fato de estrangeiros que não falavam nada em português estarem solicitando o documento.
Com a suspeita, foi iniciada uma investigação onde foram verificados dados de vôos e aeroportos, bancos de dados da PF e sites parceiros, além de redes sociais.
O levantamento foi repassado para o Ministério da Justiça , que já tinha publicado, no Diário Oficial da União um documento relacionado à naturalização dos estrangeiros. Após receber as provas, o Ministério da Justiça voltou atrás e tornou sem efeito a Portaria de Naturalização que tinha sido publicada. Também negou a entrega dos passaportes aos sírios.
O núcleo de Migrações da Polícia Federal arrecadou, nos últimos 3 anos, mais de R$ 10.000.000,00 aos cofres públicos da União, com autuações, taxas e emissão de passaportes.
Crisloosecompartilha com informações da CS/DPF/Foz do Iguaçu