A chipa é a estrala das mesas paraguaias durante a Semana Santa, quando as famílias acendem o “tatakua” – forno feito de barro – para assar o tradicional prato. Feita a base de farinha de mandioca, farina de milho e queijo, a chipa paraguaia começa a ser preparada ainda na quarta-feira, em grande quantidade para que dure até o Domingo de Páscoa.
Na cultura pascoal no Paraguai, a preparação da chipa era fundamental por ser um alimento com alta durabilidade.
Clemente Cáceres, promotor de cultura no município de Assunção, conta que umas 30 variedades de chipas são preparadas em um forno de barro em Punta Karapá, um mirante oculto no bairro Chacarita, o mais antigo do país, que revela uma vista panorâmica da Baía de Assunção.
Aos tradicionais ingredientes, ovo, queijo, farinha de mandioca e farinha de milho, mais tarde foram adicionados reforços, como a carne, transformando a chipa em um alimento mais completo.
A chipa, o pão paraguaio, é parte da identidade nacional feita pelos índios guaranis. Segundo Cáceres, o alimento foi sendo transformado com a mistura das culturas e a vinda dos espanhóis.
“A Semana Santa é uma festa muito forte e popular e a chipa faz com que ela seja genuinamente paraguaia”, contou.
A chipa além de um alimento típico, faz parte da paisagem do país, sendo que durante todo o ano as chipeiras saem pelas ruas logo cedo vendendo o alimento, que também é consumido com o “cocido”, uma bebida tradicional feita à base de erva mate e leite.
Aprenda a fazer a tradicional chipa paraguaia: