O Paraguai iniciou a quarentena de prevenção ao novo coronavírus no dia 10 de março, como forma de frear o avanço do vírus no país. Desde então, o governo do presidente Mário Abdo Benitez tem tomado algumas das medidas mais estremas da região na contenção do vírus, como toque de recolher, fechamento de fronteiras e proibição de entrada dos próprios cidadãos no país.
As medidas estremas são explicadas quando analisada a estrutura da saúde no país. Segundo o Ministério de Saúde Pública e Bem estar Social, existem em todo o Paraguai 775 leitos de terapia intensiva (UTI), sendo 308 no sistema público, porém, apenas 30 contam com respiradores para o tratamento de pacientes graves de covid-19. O governo espera a chegada de mais 100 respiradores para este mês. Para atender os casos graves, o Paraguai conta com 110 profissionais de UTI. O Ministério montou um projeto para capacitar mais 500 profissionais da área, em três semanas.
O primeiro caso confirmado de covid-19 no Paraguai foi em 7 de março, de um caso importado. A primeira morte registrada pelo vírus no país foi no dia 20 de março.
No dia 14 de março, o Paraguai adotou medidas de segurança sanitária em suas fronteiras, aferindo a temperatura de todos que entravam no país. Até que no dia 17 de março o governo decretou o fechamento da Ponte Internacional da Amizade, o passo fronteiriço mais movimentado do Paraguai e do Brasil.
No dia 1° de abril, o governo começou a flexibilizar a quarentena para os setores administrativos e para isso, isolou Assunção, onde estão concentrados mais de 90% dos casos de covid-19. Desde então só podem entrar ou sair da capital pessoas que comprovem prestação de serviços essenciais.
O fim da quarentena, com restrições, está marcado para o próximo dia 12 de abril. Porém, as fronteiras continuaram restritas e só poderão ingressar no país quem se submeter a um isolamento social de 15 dias.
O Paraguai registra, até o último boletim na terça-feira (7), 119 casos confirmados, 5 mortes e 15 recuperados. O Ministério da Saúde confirmou que já existe a circulação comunitária do vírus, quando não é possível detectar a origem da transmissão.