Como parte do esforço conjunto de diversas instituições para o enfrentamento da pandemia do Coronavírus, a Itaipu Binacional está utilizando seu Laboratório Ambiental para realizar testes de qualidade no álcool glicerinado 80% que está sendo produzido em Foz do Iguaçu pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). O álcool glicerinado é um produto de consistência líquida, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para higienização das mãos.
Os primeiros testes, em caráter experimental, foram realizados na semana passada e o primeiro lote aprovado deverá ser entregue pela Unila à Secretaria Municipal de Saúde nos próximos dias. A expectativa da universidade atender a toda a demanda da secretaria, que é de 3 mil litros de álcool glicerinado nos próximos 60 dias. Para isso, estão sendo produzidos 100 litros por dia, no Laboratório Multiusuário de Química, da universidade.
Conforme explica Isalina Ansiliero Nascimento, da Divisão de Ação Ambiental da Itaipu e responsável pelo laboratório, os testes de qualidade são realizados em amostras de 500 ml de cada lote produzido. A testagem segue o procedimento padrão recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É realizada uma contagem total de bactérias, de coliformes totais e coliformes termotolerantes. A análise completa demora uma semana para ficar pronta”, explicou Isalina. “Essas análises são necessárias para garantir a qualidade do produto final, atestando que os processos de produção seguiram as boas práticas de fabricação e manipulação. Todo o processo está sendo acompanhado pela Anvisa, que exige esse controle de qualidade”, completou.
O Laboratório Ambiental da Itaipu, criado em 1991, é uma unidade estratégica que atende a diversas áreas da empresa, como qualidade ambiental, segurança hídrica, saúde ocupacional e segurança de barragens. Também colabora com os governos municipais e estadual, por meio se suas análises especializadas nas áreas da saúde e de meio ambiente, além de se destacar no desenvolvimento de pesquisa e capacitação técnica.
“Como a análise de água, alimentos e outros itens já faz parte do nosso dia a dia, a análise do álcool glicerinado 80% produzido pela Unila não exigiu investimentos por parte da Itaipu. Já contamos com todos os materiais e equipamentos e é só fazer o serviço”, acrescentou Isalina.
A grande demanda por álcool em gel levou à escassez desse produto no mercado. Para produzi-lo é necessário um reagente chamado carbopol, que está em falta. Diante da pandemia e da consequente escassez desses produtos, a Anvisa autorizou temporariamente a produção de formulações antissépticas e sanitizantes por empresas e instituições regularizadas, sem prévia autorização, exclusivamente para doação ao SUS. (Resolução RDC 350, de 19 de março de 2020, com duração de 180 dias).
Outras ações
Para combater a pandemia do Coronavírus, a Itaipu Binacional já havia liberado um fundo emergencial de R$ 15 milhões para ajudar os municípios da região. E anunciou um investimento de R$ 4 milhões, por meio de um termo de cooperação com o governo do Estado, para a contratação direta de 733 bolsistas na área de saúde, em caráter emergencial. Além disso, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), mantido pela Itaipu, criou uma ala exclusiva com Unidade de Terapia Intensiva e Semi-Intensiva para internamento de pacientes com a doença. O laboratório do HMCC também foi credenciado a fazer testes rápidos (PRC) de covid-19. Mais de 4 mil kits foram adquiridos.
A Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de 11% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.
Assessoria (Foto: Alexandre Marchetti)