O engenheiro eletricista Tácio Fonseca Demarchi, da Divisão de Laboratório da Itaipu Binacional, e a esposa, Katiane Moreira Demarchi, aproveitaram a quarentena para exercer uma atividade cada vez mais importante em tempos de pandemia: a solidariedade.
Eles transformaram a cozinha da casa em uma pequena fábrica de máscaras de proteção para os profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus: enfermeiros, técnicos de saúde e médicos. Toda a produção é direcionada para o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.
A ideia surgiu quando a médica Wang Chih Hui, de Foz do Iguaçu, divulgou um pedido de informações sobre fornecedores de acetato e perguntou se alguém se voluntariava para a produção de máscaras. Foi então que o casal se interessou pela causa, entrou em contato com a médica e aceitou participar da iniciativa.
A inspiração veio de um projeto do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, que também incentiva a produção caseira de máscaras para a proteção dos profissionais de saúde.
Em Foz, a aquisição dos materiais foi viabilizada a partir de um pedido de doação publicado nas redes sociais. Muitas pessoas e empresas se interessaram pelo projeto e enviaram, na medida do possível, dinheiro e equipamentos.
As máscaras são compostas por materiais simples e de fácil manuseio: polietileno (espaguete de piscina), elástico de roupa, acetato e fita dupla face. Na primeira semana de quarentena, Tácio e Katiane produziram 120 peças para o hospital municipal. A próxima meta é a produção de mais 370 unidades.
O engenheiro salienta que as máscaras não têm o padrão da Anvisa e devem ser usadas juntamente com as máscaras cirúrgicas. Ou seja, trata-se de uma proteção adicional. Mas a peça caseira oferece uma importante barreira para proteger olhos, nariz e boca de respingos de secreção. Uma ajuda e tanto para os profissionais da saúde.
Tácio diz esperar que a pandemia passe logo, para que a vida volte ao normal, mas apoia as medidas de isolamento adotadas pelo município e pela Itaipu para proteger a saúde da população. “As medidas são necessárias e acredito que atingirão o seu objetivo de minimizar a propagação do vírus e reduzir a pressão no sistema de saúde pública”, afirmou.
Assessoria