A pandemia do novo coronavírus impôs uma nova rotina à maioria dos trabalhadores, muitos dos quais têm que trabalhar no sistema home office. Mas quem não tem essa opção e precisa estar na linha de frente, como os operários que atuam nas obras financiadas por Itaipu e em serviços essenciais da usina, seguindo os devidos cuidados, estão preparando a empresa e Foz do Iguaçu para a fase pós-covid-19, que se espera que esteja próxima.
Não há atrasos nos trabalhos; ao contrário. O cronograma das obras está em ritmo normal e, em alguns casos, até adiantado. A lista é enorme e já redesenha um novo cenário de desenvolvimento econômico para a região. São projetos que já saíram ou vão sair do papel e garantem, num primeiro momento, geração de empregos, o que é essencial para girar a economia e evitar um colapso geral; e, num segundo momento, ajudarão a criar uma nova Foz do Iguaçu, o que beneficiará diretamente todo o Paraná e países vizinhos.
“Cuidar da nossa gente”
“Faz parte da missão de Itaipu gerar energia com qualidade para o Brasil e o Paraguai, mas também cuidar da nossa gente. Por isso, vamos continuar mantendo investimentos em infraestrutura, para garantir o emprego e a segurança de centenas de brasileiros que dependem desse ganha-pão para sobreviver”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Com os olhos voltados para o futuro, a usina de Itaipu fez um plano de contingenciamento já prevendo o pós-covid-19. Internamente, Itaipu sistematizou o home office, conforme preconizam os protocolos da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, além de decretos municipais de distanciamento social no período da crise. As atividades vitais da usina foram mantidas, seja por teletrabalho ou presencialmente, quando isso é essencial, especialmente para a geração de energia. Nesse caso, equipes atuam em sistema de escala.
As obras
São cerca de R$ 700 milhões em investimentos da Itaipu em obras estruturantes. No caso da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a concretagem da primeira fase está pronta no lado brasileiro. A construção da Perimetral Leste, a artéria que sustentará uma nova organização da logística da cidade, também está sendo impulsionada e deve começar em setembro.
O cronograma do mercado público municipal, que sofreu atraso por problemas com a antiga empreiteira, agora segue o ritmo normal. Outras obras estão adiantadas: a segunda etapa da ciclovia da Avenida Tancredo Neves; o calçamento e a ciclovia do “Zerinho”, na região do Charrua; o prolongamento da Avenida Beira-Rio e a revitalização dos rios Almada e Boicy; e as reformas do aeroporto – prolongamento da pista, ampliação do pátio de manobras e duplicação do acesso entre a BR-469 e o terminal aéreo. As melhorias do turismo interno, que passam por uma repaginação, também já começaram.
A usina se prepara para iniciar as obras das futuras instalações da Delegacia da Mulher, da Delegacia do Turista, do Instituto de Identificação e da revitalização do Gramadão da Vila A, além das reformas no Hospital Costa Cavalcanti, que já estão em andamento. O hospital foi reestruturado com um ala exclusiva para casos de internamento de pacientes com o novo coronavírus.
Itaipu também prevê investir na duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), uma reinvindicação de mais de 20 anos e que resolveria um dos grandes gargalos do acesso ao Parque Nacional do Iguaçu e ao Aeroporto Internacional, que recebem em tempos normais milhares de turistas. Essa é considerada uma das obras mais importantes para reconfigurar o status do turismo, vocação natural de Foz do Iguaçu.
Com esse rol de obras, diz Silva e Luna, “Itaipu oferece melhorias de atendimento social, gera centenas de empregos diretos e indiretos, impulsiona o desenvolvimento das estruturas logísticas e de circulação e, num ciclo virtuoso, dá condições para que as forças econômicas e o empresariado da cidade também invistam, criando ainda mais empregos e oportunidades para a sustentabilidade e o desenvolvimento da cidade e região por muito anos”.
Assessoria